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América Latina

Após tremor, EUA enviam 4 navios e 1 avião de carga ao Haiti

13 jan 2010 - 15h31
(atualizado às 16h20)
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A Guarda Litorânea dos Estados Unidos enviou quatro navios e um avião de carga ao Haiti para oferecer ajuda humanitária após o terremoto que devastou o país caribenho na terça-feira, informou em comunicado.

A Guarda Litorânea enviou um avião C-130 Hercules do Aeroporto de Clearwater na Flórida, e o navio Valiant, baseado no porto de Miami.

Além disso, enviou as embarcações Mohawk, com base em Key West (Flórida), o Forward e o Tahoma, ambos com base em Portsmouth (Virgínia).

"Outras unidades da Guarda Litorânea que patrulham a área estão em alerta sobre a situação para dar assistência conforme seja necessário", indicou o comunicado.

O Comando Unificado Sul, por sua vez, com sede na Flórida, indicou que mandará uma equipe de 30 pessoas ao Haiti "para apoiar os esforços de socorro americanos" após o terremoto desta terça-feira.

A equipe militar, que chegará hoje a bordo de dois aviões C-130 Hercules, inclui engenheiros, planejadores de operações e especialistas em comando, controle e comunicações.

O Comando Sul informou que "ao amanhecer de hoje um helicóptero da Guarda Litorânea evacuou quatro funcionários gravemente feridos da embaixada dos EUA para a Estação Naval de Guantánamo (Cuba) para tratamento médico".

Os Estados Unidos vão ajudar também o Haiti a reativar o funcionamento do aeroporto de Porto Príncipe, cuja torre de controle ficou danificada pelo terremoto, e que é fundamental para receber ajuda aérea de outros países.

Uma unidade de operações especiais da Força Aérea americana chegará hoje ao aeroporto internacional de Porto Príncipe para reativar "o terminal e o controle de tráfego aéreo" do aeroporto, acrescentou o Comando Sul.

Um avião P-3 Orion da Marinha de Guerra dos EUA partiu cedo hoje de Comalapa, em El Salvador, para fazer trabalhos de reconhecimento aéreo da região afetada pelo terremoto e o porta-aviões Carl Vinson está a caminho e deverá chegar às proximidades ao litoral haitiano na quinta-feira.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país nesta terça-feira. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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