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América Latina

Após terremoto, países se mobilizam e enviam ajuda ao Chile

27 fev 2010 - 16h26
(atualizado às 17h57)
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Estados Unidos, Brasil, ONU e vários países europeus manifestaram seu pesar e ofereceram ajuda após o terremoto que abalou o Chile na madrugada deste sábado, matanto 147 pessoas. O presidente americano, Barack Obama, lamentou as "centenas de mortos" no tremor e disse que os Estados Unidos "estão prontos para ajudar" as autoridades chilenas nas operações de socorro e reconstrução.

"Fui informado hoje por minha equipe de Segurança Nacional das ações adotadas para proteger nossos cidadãos e para ajudar nossos amigos chilenos". "As primeiras informações indicam que centenas de pessoas perderam a vida no Chile e que os danos materiais são severos", disse Obama, acrescentando que ele e sua esposa, Michelle, manifestaram suas "condolências ao povo chileno".

"Os Estados Unidos estão prontos para ajudar nas operações de salvamento e de reconstrução, e vamos responder a qualquer pedido de auxílio do governo chileno", garantiu Obama.

Mais cedo, a Casa Branca emitiu um comunicado destacando que "nossos pensamentos e nossas orações estão com os chilenos e estamos prontos para ajudá-los", salientando que Washington acompanha de perto a situação, "especialmente diante da possibilidade de tsunami" no território americano do oceano Pacífico.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua "profunda preocupação" e se colocou à disposição para oferecer "a assistência que for necessária", informou a chancelaria em Brasília. Lula pediu ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e ao ministério das Relações Exteriores que realize "uma primeira avaliação da situação e as medidas de assistência que o Brasil possa adotar".

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou suas "condolências aos que perderam membros da família e amigos" na tragédia. Ban tratava de entrar em contato com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), com sede em Santiago, para se informar de eventuais danos materiais e verificar se o pessoal da ONU está bem.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, anunciou que a União Europeia mobilizará uma ajuda de três milhões de euros e disse estar "profundamente consternado pelo alcance da devastação causada pelo terremoto no Chile".

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, afirmou que seu país está a "disposição para ajudar no que o Chile precisar a partir de agora".

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, fizeram ofertas similares. A presidente da argentina, Cristina Kirchner, telefonou a sua colega chilena, Michelle Bachelet, para manifestar seu pesar e oferecer ajuda.

O líder equatoriano, Rafael Correa, que também exerce a presidência da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), afirmou que entrará em contato com Bachelet para acertar a ajuda dos países da região.

Tragédia no Chile
Mais de 140 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

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