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América Latina

Após criar polêmica, Mujica diz que nada poderá separar Uruguai da Argentina

5 abr 2013 - 12h04
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O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta sexta-feira que "nada e nem ninguém" poderá separar seu país da Argentina, após ter feito comentários ofensivos ontem, captados sem que ele soubesse, em relação à governante do país vizinho, Cristina Kirchner, e ao seu marido, o já falecido Néstor Kirchner.

"Apesar de a história ter nos separado, nada e nem ninguém pode apagar nossa relação", disse o presidente em sua transmissão semanal na emissora de rádio "M24", que nesta sexta-feira refletiu sobre as origens do Uruguai como nação e sua complexa relação com o país vizinho.

"Nascemos da mesma barriga que os povos argentinos, mas a história foi nos separando", detalhou o presidente ao lembrar diferentes passagens da Independência do Uruguai e refletir sobre a figura do herói uruguaio José Gervasio Artigas.

Ontem, a imprensa uruguaia publicou uma frase que Mujica disse em uma entrevista coletiva quando pensava que seu microfone estava desligado: "esta velha é pior do que o caolho" (em referência a Cristina e seu marido, Néstor Kirchner).

O ministério das Relações Exteriores da Argentina lamentou "profundamente" essa declaração de Mujica, consideradas "inaceitáveis", e advertiu que a presidente Cristina Kirchner não vai comentar nada a respeito.

Além disso, representantes da oposição uruguaia alegaram que Mujica deveria pedir perdão a Cristina por causa de seus comentários, que viraram um fenômeno nas redes sociais.

Essa não é a primeira vez que um presidente do Uruguai tem problemas por falar mal da Argentina. Anteriormente, em 2002, Jorge Batlle (2000-2005) afirmou que "os argentinos são um bando de ladrões do primeiro ao último". Posteriormente, Batlle teve que viajar a Buenos Aires para perdão publicamente.

EFE   
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