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América Latina

Após atentados, presidente da Colômbia adverte guerrilhas

31 jul 2014 - 01h40
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<p>Presidente da Col&ocirc;mbia, Juan Manuel Santos, em&nbsp;entrevista no Pal&aacute;cio de Nari&ntilde;o, em Bogot&aacute;. Imagem de junho de 2014</p>
Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em entrevista no Palácio de Nariño, em Bogotá. Imagem de junho de 2014
Foto: John Vizcaino (COLOMBIA - Tags: POLITICS ELECTIONS PROFILE) / Reuters

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, advertiu nesta quarta-feira as Farc e o ELN que ataques contra a infraestrutura do país são inaceitáveis porque afetam a população civil e o meio ambiente. A crítica foi provocada pelos recentes atentados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) contra o transporte de petróleo, aquedutos e torres de transmissão de energia, o presidente afirmou se tratar de uma atitude "absolutamente condenável".

Segundo o presidente, esses atentados "afetam principalmente a população civil e dentro da população civil as pessoas mais vulneráveis e mais necessitadas, e isso é totalmente inaceitável". Santos, que presidiu hoje um conselho de segurança em Buenaventura, cidade portuária do Pacífico que foi vítima de um atentado das Farc que deixou 400 mil pessoas sem energia elétrica, afirmou que embora haja negociações de paz em meio ao conflito, a população civil deve ser mantida fora dele.

"Por isso quero fazer novamente essa advertência às Farc e ao ELN: o povo colombiano não aceita ataques contra a população civil, ataques que afetam a população civil e nosso meio ambiente", disse. O presidente acrescentou que se as Farc negociam com o governo em Cuba um acordo para por fim ao conflito e o ELN manteve contatos exploratórios com o mesmo propósito, "o consequente são gestos de paz e não ações contra a população civil, que isso fique muito claro".

"Vamos advertir (o grupo negociador das Farc) em Havana que essa atitude não é nada aceitável nem consequente com as conversas que temos tido", enfatizou. Neste mês as Farc obrigaram os motoristas de 29 caminhões-pipa a jogar o combustível que transportavam por uma estrada do departamento de Putumayo (no sudoeste), limítrofe com o Equador, o que contaminou rios e outras fontes de água, e fim de semana passado dinamitaram o aqueduto de Ariari, no departamento de Meta (centro) que abastecia cerca de 16 mil pessoas em três municípios.

Para Santos, enquanto o fim do conflito não for assinado, o país está em guerra com os grupos armados ilegais, mas esclareceu que "a guerra é entre combatentes e não contra a população civil". Na terça-feira o presidente mencionou os ataques guerrilheiros e advertiu as Farc que o diálogo de paz em Cuba "pode terminar" se a guerrilha persistir na escalada terrorista.

Em outro discurso na população de Palmira, também no Valle del Cauca, o líder afirmou que disse às Farc e ao ELN que "a paciência do povo colombiano não é infinita". Santos contou ainda ter visitado o santuário de Cristo Milagroso de Buga (sudoeste) para agradecer e pedir "as quatro virtudes de um bom governante: força, justiça, prudência, mas principalmente temperança".

"É esse comedimento que devo ter frente aos ataques das Farc. E por isso pedi ao Milagroso que me desse temperança para continuar este processo. É preciso muita diante desses atos irracionais", desabafou Santos.

EFE   
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