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América Latina

Após 2 semanas, general opositor preso na Venezuela suspende greve de fome

14 mai 2013 - 00h37
(atualizado às 00h44)
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O general reformado e dirigente opositor Antonio Rivero suspendeu nesta segunda-feira a greve de fome iniciada no último 27 de abril, quando foi detido pelas autoridades venezuelanas por seu suposto envolvimento nos incidentes violentos registrados após as eleições presidenciais.

Um porta-voz do partido opositor Vontade Popular, ao que pertence Rivero, confirmou à Agência Efe que o general reformado encerrou sua greve de fome nesta segunda-feira, um dia depois do pedido de sua mãe, Nelly González de Rivero.

No último dia 27 de abril, o general reformado anunciou sua greve de fome "perante a privação de sua liberdade" e a sua "absoluta inocência" nos crimes em que estava sendo acusado formalmente pelo Ministério Público, os quais incluíam a instigação de atos violentos e formação de quadrilha.

Segundo as autoridades venezuelanas, o militar em questão está envolvido nos fatos violentos ocorridos no último dia 15 de abril, que deixaram nove mortos e mais de 70 feridos, de acordo com os números oficiais.

No último dia 7 de maio, José Rivero, irmão do general reformado, assegurou que o mesmo se encontrava com a saúde deteriorada e com sintomas de enjôos contínuos, perda de concentração no momento de falar e hipertensão arterial.

Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular, declarou que Rivero é o "primeiro preso político" da Presidência de Nicolás Maduro, cuja vitória eleitoral foi recebida com alguns incidentes em várias zonas do país e também não é reconhecida por seu adversário, o líder opositor Henrique Capriles.

Rivero foi detido depois que o Governo divulgasse um vídeo no qual o militar aparece dando instruções a um grupo de jovens durante um protesto, ação que, segundo no que para as autoridades, evidencia um suposto plano de desestabilização do país.

Capriles não reconheceu a vitória de Maduro e denunciou uma fraude eleitoral, impugnando todo o processo eleitoral perante a Suprema Corte de Justiça.

EFE   
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