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América Latina

Aimarás bolivianos comemoram amanhã chegada de seu ano 5.521

20 jun 2013 - 17h52
(atualizado às 18h38)
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Os indígenas aimarás bolivianos comemoram amanhã o ano novo que calculam em 5.521 da cultura andina, com rituais nas ruínas da antiga cidade de Tiahuanaco, situada no planalto de La Paz, e em pelo menos outras quatro regiões do país.

O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, assinalou nesta quinta-feira em entrevista coletiva que, como todos os anos, o ato central acontece em Tiahuanaco porque "é um complexo astronômico de alta engenharia e alta sofisticação científica".

"Convocamos todos os bolivianos a comparecer com fé, com esperança, a esperar este novo ano, este início do retorno do sol. Se afastou o mais que podia o sol e vai começar um lento retorno (...) Isto significa que se inicia uma nova época, se inicia um novo ano", disse Linera.

O vice-presidente acrescentou que também haverá "atos muito importantes" em outras regiões, como a oriental Santa Cruz, a central Cochabamba e as andinas de Potosí e Oruro.

O Ministério de Cultura também prepara um evento especial no salgar de Uyuni (Potosí), um dos principais destinos turísticos bolivianos.

Centenas de pessoas, sobretudo aimarás e turistas, costumam viajar para Tiahuanaco na véspera do dia 21 de junho para receber nesse dia os primeiros raios do sol com as mãos para o alto.

Os indígenas aguardam esta festividade com oferendas e fogueiras em altares dedicados ao "Willka Kuti" ou "retorno do sol" em língua aimará, como também é chamada a festa que além disso inicia a mudança do ciclo agrícola para a semeadura no campo.

O Governo de Evo Morales batizou a festa como "Ano Novo Andino Amazônico" em 2009 e decretou que cada 21 de junho, em coincidência com o solstício de inverno, seja feriado nacional.

No entanto, a festa tem pouca repercussão nas cidades e na zona rural dos vales centrais e no leste da Bolívia.

Os 5.521 anos da cultura andina resultam da crença de que a civilização pré-hispânica tiahuanacota teve uma antiguidade de 5.000 anos exatos, aos quais se somam os 521 contados desde 1492, quando os espanhóis chegaram a este continente.

EFE   
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