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Aliado de Chávez é reeleito presidente de Assembleia venezuelana

5 jan 2013 - 19h52
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Em uma decisão já esperada, a Assembleia Nacional da Venezuela reelegeu neste sábado o atual presidente, Diosdado Cabello, para mais um mandato, no período de 2013-2014.

Aliado do presidente Hugo Chávez, Cabello poderá ter de assumir interinamente a presidência do país caso o líder venezuelano não consiga participar da posse, marcada para quinta-feira.

Chávez permanece internado em Cuba, onde se submeteu a uma quarta cirurgia para tratar do câncer que combate desde 2011.

Diante das incertezas sobre o retorno de Chávez, a eleição deste sábado, que deveria ser rotineira, ganhou enorme atenção.

Interpretações

Analistas e políticos governistas e de oposição têm interpretações diferentes sobre como proceder caso Chávez não compareça à cerimônia de quinta-feira - quando deverá tomar posse para mais um mandato, até 2019, para o qual foi reeleito em outubro.

Alguns líderes de oposição pedem novas eleições. Nesse caso, a Constituição determina que o presidente da Assembleia Nacional assuma interinamente a presidência e convoque novas eleições no período de 30 dias.

No entanto, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - já apontado por Chávez como seu potencial sucessor e atualmente no comando do país -, rejeita essa possibilidade.

Maduro diz que a data da posse é mera "formalidade" e que o presidente pode assumir em nova data, a ser combinada com o Tribunal Supremo de Justiça - cujos magistrados foram apontados pela maioria chavista do Parlamento.

Unidade

A reeleição de Cabello era esperada, já que a Assembleia Nacional é dominada pelo partido governista, o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela).

"O presidente continuará sendo presidente depois de 10 de janeiro, ninguém deve ter qualquer dúvida disso", disse Cabello após sua eleição.

Considerado líder da ala conservadora e militar do chavismo, Cabello era um dos candidatos a "herdeiro" político Chávez, antes que Maduro fosse apontado pelo presidente como seu potencial sucessor.

Segundo analistas, apesar de serem considerados adversários políticos, Cabello e Maduro prometeram manter a unidade no PSUV. Ambos visitaram Chávez em Cuba nesta semana.

Em Caracas, centenas de apoiadores de Chávez se concentraram em frente ao Parlamento neste sábado, atendendo a um pedido de Cabello.

Internado em Havana há 24 dias, após enfrentar uma hemorragia em sua quarta cirurgia no período de um ano e meio para combater o câncer, Chávez se encontra em estado de saúde delicado. De acordo com o governo, o líder venezuelano sofre de insuficiência respiratória provocada por uma "severa" infecção pulmonar.

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