Agências da ONU pedem para G20 redobrar esforços contra fome
19 jun2012 - 08h45
(atualizado às 09h31)
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As agências das Nações Unidas relacionadas à alimentação e agricultura (FAO, FIDA e PMA) fizeram uma chamada nesta terça-feira para que os líderes do G20 reunidos no México redobrem seus esforços na luta contra a fome.
Em nota, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) lembraram os líderes do G20 que "cerca de 900 milhões de mulheres e homens se encontram desnutridos, a maioria na África e na Ásia".
"Diante desta dramática realidade, expressamos o desejo de que os líderes do G20 redobrem seus esforços para combater a fome. Estamos plenamente comprometidos em colaborar com eles e com outros atores, mantendo o objetivo de apoiar esforços promovidos em nível nacional e regional. A idéia é buscar uma segurança alimentar e nutricional para todos", acrescenta o comunicado.
As agências da ONU também aplaudiram "a prioridade outorgada pela presidência mexicana do G20 à segurança alimentar e nutricional ao mantê-la em primeiro plano no programa mundial de desenvolvimento". "A segurança alimentar e nutricional deve continuar ocupando um lugar de destaque nos programas do G20 nos próximos anos", apontaram.
Segundo as agências da ONU, "a segurança alimentar está estreitamente relacionada com outras questões incluídas no programa do G20, como o fomento da infraestrutura e a retomada do crescimento dos países em crise".
"A insegurança alimentícia pode ter repercussões negativas a longo prazo nas perspectivas de crescimento de sociedades inteiras. Devemos nos manter atento em relação à segurança alimentar, mais ainda em tempos de crise financeira e de incertezas", afirmaram.
Outro tema abordado pelas agências foi a redução das perdas e do desperdício de alimentos, já que "atualmente se desperdiça cerca de 1,3 bilhões de toneladas, ou seja, mais de um terço dos alimentos que são produzidos".
"A redução do desperdício e das perdas poderia resultar uma considerável diminuição do número total de pessoas desnutridas", acrescentaram as agências, que, entre outras sugestões, também pediram maiores investimentos às mulheres e aos pequenos agricultores.
"As mulheres impulsionam a mudança. É essencial investir nas mulheres. A educação e a igualdade das mulheres são fundamentais para realçar a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico", completaram.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) divulgou neste domingo relatório apontando que 42,5 milhões de pessoas terminaram o ano de 2011 em uma situação de refúgio, seja como refugiados (15,42 milhões), deslocados internos (26,4 milhões) ou solicitantes de refúgio (895 mil). Veja a seguir os países que deram origem ao maior número de refugiados e os que mais recebem
Foto: AFP
Afeganistão: 2.664,4 milhões de afegãos terminaram 2011 em situação de refúgio, segundo dado da Acnur. A entidade afirma que 4,3 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar em 2011 e que 800 mil tornaram-se refugiadas. Acima, afegãos aguardam em fila para receber suprimentos da Acnur, em Cabul
Foto: AFP
Iraque: 1.428,3 milhão de iraquianos terminaram 2011 como refugiados. Acima, crianças cristãs brincam em campo de refugiados em Beirute, no Líbano, em 15 de novembro de 20110
Foto: AFP
Somália: 1,077 milhão de somalis terminaram 2011 como refugiados. Acima, criança brinca com garrafa d'água em campo de refugiados em Liboi, na fronteira entre o Quênia e a Somália, em 29 de julho de 2011
Foto: Reuters
Sudão: 500 mil sudaneses terminaram 2011 como refugiados. Acima, mulheres buscam água em Jamam, no Sudão do Sul, em 22 de março de 2012. O número inclui refugiados do Sudão do Sul, país que se separou do Sudão em 2011
Foto: AFP
República Democrática do Congo: 491,5 mil congoleses terminaram 2011 como refugiados. Acima, refugiados congoleses deixam a cidade de Bunagana, na fronteira com Uganda, em 12 de maio de 2012
Foto: AFP
Mianmar: 414,6 mil birmaneses terminaram 2011 como refugiados. O número de refugiados de Mianmar inclui pessoas que vivem em situação de refúgio internamente. Acima, homem posa em campo de refugiados não autorizado para muçulmanos da etnia Rohingya, em Kutupalong, Bangladesh, no dia 16 de junho
Foto: AP
Colômbia: 395,9 mil de colombianos terminaram 2011 como refugiados. O número de refugiados da Colômbia inclui pessoas que vivem em situação de refúgio internamente. Acima, o comissário da Acnur, Antonio Guterres, visita moradores que vivem como refugiados em Soacha, nas proximidades de Bogotá, em 17 de dezembro de 2010
Foto: AFP
Vietnã: 337,8 mil de vietnamitas terminaram 2011 como refugiados. O número inclui cerca de 300 mil vietnamitas que, segundo o Acnur, estão bem integrados e recebem proteção do governo da China. Acima, Nguyen Van Na trabalha na lavoura de arroz em enclave vietnamita em Palawan, nas Filipinas, em 24 de agosto de 2004
Foto: AFP
Eritreia: 252 mil eritreus terminaram 2011 como refugiados. Acima, refugiado eritreu segura seu filho em campo de refugiados Shagarab, em Kassala, no Sudão, em 12 de janeiro de 2012
Foto: AFP
China: 205,4 mil chineses terminaram 2011 como refugiados. Mães chinesas cuidam de crianças em campo da Cruz Vermelha em Honiara, nas Ilhas Salomão, em 21 de abril de 2006
Foto: AFP
Paquistão: 1.702,7 mil refugiados vivem no país. O Paquistão lidera a lista de países que mais receberam refugiados em 2011. Acima, afegã carrega irmão no colo durante tempestade de areia em Islamabad, no Paquistão, em 5 de junho. Veja a seguir os 10 países que mais abrigam refugiados
Foto: AP
Irã: 886,5 mil refugiados vivem no país. Acima, família de refugiados afegãos retorna da fronteira do Irã ao campo de Ansar, em Herat, em 7 de fevereiro de 2012
Foto: AFP
Síria: 755, 4 mil refugiados vivem no país, segundo estimativas do governo sírio. A Acnur assiste 132,5 mil refugiados iraquianos na Síria e na Jordânia. Acima, iraquianos aguardam ajuda em centro do Acnur em Duma, nos arredores de Damasco
Foto: AFP
Alemanha: 571,7 mil refugiados vivem no país. Acima, refugiados africanos desembarcam no aeroporto de Nuremberg, em 29 de novembro de 2011
Foto: AFP
Quênia: 566,5 de refugiados vivem no país. Somali aguardam em fila em centro de registro no campo de refugiados de Dagahaley, no Quênia, em 2 de agosto de 2011
Foto: AFP
Jordânia: 451 mil refugiados vivem no país, segundo estimativas do governo sírio. O Acnur assiste 132,5 mil refugiados iraquianos na Síria e na Jordânia. Acima, crianças refugiados sírias são fotografadas em conjunto habitacional em Amã, no dia 22 de março de 2012
Foto: AFP
Chade: 366,5 mil refugiados vivem no país. Acima, refugiados sudaneses são fotografados no campo para sudaneses Our Cassoni , no Chade, em 12 de março de 2009
Foto: AFP
China: 301 mil refugiados vivem no país. O número inclui cerca de 300 mil vietnamitas que, segundo o Acnur, estão bem integrados e recebem proteção do governo da China. Vietnamita segura bebê em campo de refugiados de Hong Kong em 24 de maio de 2000
Foto: AFP
Etiópia: 288,8 mil refugiados vivem no país. Acima, refugiado somali Mohamed Ibrahim (dir.) caminha para enterrar o seu filho de 1 ano, que morreu de desnutrição no campo de Kobe, na Etiópia, em 13 de agosto de 2011
Foto: AFP
Estados Unidos: 264,8 mil refugiados vivem no país, segundo estimativas do Acnur. Acima, refugiados kosovares desembarcam em aeroporto de Nova York em 8 de maio de 1999