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Mundo

Agências da ONU pedem para G20 redobrar esforços contra fome

19 jun 2012 - 08h45
(atualizado às 09h31)
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As agências das Nações Unidas relacionadas à alimentação e agricultura (FAO, FIDA e PMA) fizeram uma chamada nesta terça-feira para que os líderes do G20 reunidos no México redobrem seus esforços na luta contra a fome.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) divulgou neste domingo relatório apontando que 42,5 milhões de pessoas terminaram o ano de 2011 em uma situação de refúgio, seja como refugiados (15,42 milhões), deslocados internos (26,4 milhões) ou solicitantes de refúgio (895 mil). Veja a seguir os países que deram origem ao maior número de refugiados e os que mais recebem
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) divulgou neste domingo relatório apontando que 42,5 milhões de pessoas terminaram o ano de 2011 em uma situação de refúgio, seja como refugiados (15,42 milhões), deslocados internos (26,4 milhões) ou solicitantes de refúgio (895 mil). Veja a seguir os países que deram origem ao maior número de refugiados e os que mais recebem
Foto: AFP

Em nota, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) lembraram os líderes do G20 que "cerca de 900 milhões de mulheres e homens se encontram desnutridos, a maioria na África e na Ásia".

"Diante desta dramática realidade, expressamos o desejo de que os líderes do G20 redobrem seus esforços para combater a fome. Estamos plenamente comprometidos em colaborar com eles e com outros atores, mantendo o objetivo de apoiar esforços promovidos em nível nacional e regional. A idéia é buscar uma segurança alimentar e nutricional para todos", acrescenta o comunicado.

As agências da ONU também aplaudiram "a prioridade outorgada pela presidência mexicana do G20 à segurança alimentar e nutricional ao mantê-la em primeiro plano no programa mundial de desenvolvimento". "A segurança alimentar e nutricional deve continuar ocupando um lugar de destaque nos programas do G20 nos próximos anos", apontaram.

Segundo as agências da ONU, "a segurança alimentar está estreitamente relacionada com outras questões incluídas no programa do G20, como o fomento da infraestrutura e a retomada do crescimento dos países em crise".

"A insegurança alimentícia pode ter repercussões negativas a longo prazo nas perspectivas de crescimento de sociedades inteiras. Devemos nos manter atento em relação à segurança alimentar, mais ainda em tempos de crise financeira e de incertezas", afirmaram.

Outro tema abordado pelas agências foi a redução das perdas e do desperdício de alimentos, já que "atualmente se desperdiça cerca de 1,3 bilhões de toneladas, ou seja, mais de um terço dos alimentos que são produzidos".

"A redução do desperdício e das perdas poderia resultar uma considerável diminuição do número total de pessoas desnutridas", acrescentaram as agências, que, entre outras sugestões, também pediram maiores investimentos às mulheres e aos pequenos agricultores.

"As mulheres impulsionam a mudança. É essencial investir nas mulheres. A educação e a igualdade das mulheres são fundamentais para realçar a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico", completaram.

EFE   
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