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Mundo

Agência europeia alerta para surgimento de mais drogas sintéticas

29 mai 2013 - 12h58
(atualizado às 13h57)
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A agência que monitora o uso e surgimento de novas drogas na União Europeia (UE) informou ter descoberto 72 novas drogas sintéticas no bloco em 2012 e alertou que esses novos entorpecentes, ainda não proibidos pela legislação europeia, estão surgindo com cada vez mais frequência na região.

A informação consta do relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, divulgado na terça-feira em sua sede em Lisboa, que ressaltou que apenas 49 novas drogas sintéticas haviam sido detectadas no bloco em 2011.

O relatório diz que, entre as 73 novas substâncias psicoativas registradas pela primeira vez por meio do sistema de alerta da União Europeia em 2012, 30 eram canabinóides sintéticos, que imitam o efeito da maconha.

"Estes produtos, que podem ser extremamente potentes, agora já foram registrados praticamente em todos os países europeus", informou o documento.

Importação da Ásia

O relatório anual da agência descreveu o problema das drogas na Europa como em "estado de constante mudança".

De acordo com o documento, cerca de 85 milhões de pessoas, ou aproximadamente um quarto da população adulta da União Europeia, usou alguma droga ilícita no ano passado.

Por outro lado, o relatório anual da agência destacou também mudanças positivas no bloco, como o registro de um menor número de novos usuários de heroína, a queda no uso de maconha e cocaína em alguns países e um aumento no número de centro de tratamentos para usuários de drogas.

O documento ressaltou, ainda assim, a necessidade de as autoridades nacionais estabelecerem planos de apoio de longo prazo para viciados e ex-viciados em meio aos cortes de gastos dos governos europeus, reflexo da crise econômica.

Em um outro estudo separado conduzido com a Europol, a agência de polícia da União Europeia, o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência descobriu que as drogas sintéticas agora são importadas frequentemente da China e Índia para serem processadas e embaladas no bloco, em vez de serem produzidas em laboratórios secretos na Europa.

A Comissária Europeia para assuntos internos da UE, Cecilia Malmström, afirmou que o mercado de drogas estimulantes no continente está "cada vez mais complexo" e que "há um fornecimento contínuo de novas drogas cada vez mais diversas."

"O fato de mais de 70 novas drogas terem sido detectadas no ano passado é prova de que as políticas de combate às drogas precisam se adaptar às mudanças nos mercados", acrescentou.

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