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África

Várias igrejas são atacadas no sul do Egito durante distúrbios

14 ago 2013 - 10h04
(atualizado às 10h27)
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Várias igrejas foram atacadas nesta quarta-feira no sul do Egito durante os distúrbios desencadeados após a operação policial contra os acampamentos islamitas no Cairo.

As informações sobre a autoria dos ataques ainda são confusas, já que os meios de comunicação estatais acusam os seguidores do deposto presidente Mohammed Mursi, enquanto a Irmandade Muçulmana nega envolvimento de seus seguidores nestas ações.

A agência de notícias estatal "Mena" disse que os partidários de Mursi lançaram coquetéis molotov contra a igreja de Mar Mina, na cidade de Miniya, no sul do país, o que causou o incêndio do centro médico e da farmácia do templo.

Segundo a agência, islamitas também invadiram as igrejas de Nossa Senhora e de São Paulo, na cidade de Al Moaz, na província de Miniya, onde teriam disparado indiscriminadamente contra a população.

Anteriormente, a agência "Mena" tinha informado que os simpatizantes de Mursi tinham queimado uma igreja em Sohag, também no sul.

Em seu site, a Irmandade Muçulmana, grupo ao qual Mursi pertenceu até chegar à presidência, negou que seus seguidores tenham atacado igrejas e atribuiu a responsabilidade destas ações a grupos de pistoleiros ("baltaguiya").

Os distúrbios de hoje começaram depois que soldados iniciaram uma operação para desmantelar os acampamentos dos islamitas nas praças Rabea al Adauiya e Nahda, no Cairo.

Após o início do ataque da polícia, os seguidores da Irmandade Muçulmana saíram às ruas em distintas províncias do país e atacaram delegacias e edifícios governamentais.

O Ministério da Saúde informou que pelo menos 15 pessoas morreram e 203 ficaram feridas durante o confronto. Já a Irmandade fala de centenas de vítimas fatais e milhares de feridos.

EFE   
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