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África

Boko Haram usa crianças para ataques suicidas, diz Unicef

De 1,3 milhão de nigerianos deslocados internos, 743 mil são menores de idade

26 mai 2015 - 08h14
(atualizado às 08h34)
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De 1,3 milhão de nigerianos deslocados internos, 743 mil são menores de idade, segundo Unicef
De 1,3 milhão de nigerianos deslocados internos, 743 mil são menores de idade, segundo Unicef
Foto: Twitter

A Unicef denunciou nesta terça-feira que a milícia jihadista nigeriana Boko Haram usa mulheres e crianças para realizar ataques suicidas, e que esta tendência aumentou neste ano com relação a 2014.

"Durante todo 2014 ocorreram 26 ataques suicidas nos quais participaram mulheres e crianças, e nos cinco meses de 2015, já foram contabilizados 27", disse em teleconferência desde Abuja Laurent Dutordoir, especialista em proteção infantil da Unicef.

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A maioria destes ataques foram realizados no norte do país, onde o Boko Haram tem sua maior base de operações, "e as crianças não são os instigadores dos ataques, mas meras vítimas", especificou Dutordoir.

Especificamente, desde julho do 2014 ocorreram nove ataques em que os suicidas foram crianças de entre 7 e 17 anos.

Crianças resgatadas após sequestro do Boko Haram lavam as mãos no acampamento em Malkohi
Crianças resgatadas após sequestro do Boko Haram lavam as mãos no acampamento em Malkohi
Foto: Afolabi Sotunde / Reuters

Apesar de em grande parte dos casos as identidades deste menores não são comprovadas, sabe-se que a maioria eram menores não acompanhados (sem supervisão de um adulto) e que sobreviviam como deslocados internos.

No total, o Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef) calcula que de 1,3 milhão de nigerianos deslocados internos, 743 mil são menores de idade.

Nigerianos lembram o primeiro ano do sequestro pelo Boko Haram de alunas de um vilarejo de Chibok, em Abuja, na Nigéria, nesta semana
Nigerianos lembram o primeiro ano do sequestro pelo Boko Haram de alunas de um vilarejo de Chibok, em Abuja, na Nigéria, nesta semana
Foto: Afolabi Sotunde / Reuters

Destes 743 mil, calcula-se que 10 mil são menores não acompanhados. "Muitos foram separados de suas famílias em situações nas quais precisamente fugiam do Boko Haram", especificou o especialista.

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EFE   
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