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África

União Africana envia especialistas para desarmar milícias no Burundi

15 jun 2015 - 19h21
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A União Africana (UA) anunciou nesta segunda-feira o envio ao Burundi de observadores dos direitos humanos e especialistas militares para supervisionar o desarmamento de grupos ligados aos partidos políticos.

"Nossos chefes de Estado decidiram pelo envio imediato de observadores dos direitos humanos e de especialistas militares", declarou à imprensa o comissário para a Paz e a Segurança da UA, Smail Shergui.

Este grupo de especialistas terá como missão particular "verificar o processo de desarmamento das milícias e de outros grupos armados", disse Shergui após a 25ª Cúpula da Organização Pan-Africana, em Johannesburgo.

Na quarta-feira passada, as eleições legislativas e locais do Burundi foram remarcadas para 29 de junho, e as presidenciais para 15 de julho, segundo um decreto presidencial.

As legislativas, que estavam previstas para o dia 26 de maio, haviam sido adiadas inicialmente ao dia 5 de junho, e depois sine die por culpa da grave crise política que o país africano atravessa desde o fim de abril, depois que o presidente Pierre Nkurunziza anunciou sua intenção de se apresentar a um terceiro mandato, provocando uma onda de protestos.

A intenção de Nkurunziza de conseguir um terceiro mandato gerou protestos populares, sobretudo na capital Bujumbura, que seguiram adiante, apesar de uma dura repressão policial.

Os manifestantes consideram que um terceiro mandato do atual presidente é anticonstitucional e contrário aos acordos de paz de Arusha, que colocaram fim à guerra civil do Burundi (1993-2006).

Os partidários do governo afirmam, por sua vez, que a candidatura é legal, já que Nkurunziza não foi votado para chegar ao poder em 2005, e sim designado pelo Parlamento.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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