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África

Turquia pede reunião na ONU sobre massacre no Egito; França teme guerra

Autoridades egípcias confirmaram a morte de 525 pessoas nos violentos confrontos de quarta-feira

15 ago 2013 - 06h46
(atualizado às 11h07)
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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu nesta quinta-feira a realização de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para debater o "massacre" que, segundo ele, ocorreu ontem no Egito, onde mais de 500 pessoas morreram e 3,7 mil ficaram feridas após uma operação policial contra acampamentos de seguidores do presidente deposto Mohamed Mursi.

"Aqueles que permanecem em silêncio frente a este massacre são tão culpados como aqueles que realizaram. O Conselho de Segurança tem que se reunir rapidamente", reivindicou o chefe do Governo turco em uma entrevista coletiva em Ancara.

Erdogan, que qualificou de golpe de Estado a destituição do presidente Mohammed Mursi, advertiu que o que está ocorrendo no Egito é um teste para a democracia no Ocidente. "Essa gente (os egípcios) ganhará antes ou depois sua luta pela democracia. O ocidente tem que compreender isto (...)", assegurou Erdogan.

Também nesta quinta, o presidente francês, François Hollande, pediu que o possível deve ser feito para evitar uma guerra civil no Egito.  "O chefe de Estado afirmou que deve ser feito todo o possível para evitar a guerra civil", afirma um comunicado da presidência francesa.

 "A França está comprometida a encontrar uma solução política e deseja que eleições sejam organizadas o mais rápido possível, de acordo com os compromissos assumidos pelas autoridades egípcias de transição", afirma o comunicado.

França, Reino Unido e Alemanha convocaram os embaixadores egípcios em seus países para explicações sobre as ações violentas.

Bombas são jogadas contra manifestantes no Egito:

O governo da China expressou "grande preocupação" com a situação no Egito e pediu moderação. "A China está profundamente preocupada com a situação no Egito", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores. "Pequim espera que todas as partes priorizem o interesse da nação e da população, que atuem com moderação para evitar novas vítimas", completa a nota.

As autoridades egípcias informaram nesta quinta-feira que pelo menos 525 pessoas morreram e 3.717 ficaram feridas nos distúrbios de ontem no Egito, desencadeados após a operação policial lançada para desmontar acampamentos islamitas em duas praças da capital.

infográfico massacre egito
infográfico massacre egito
Foto: AFP

Com informações das agências AFP e EFE

Fonte: Terra
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