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África

Sudanesa cristã condenada à morte é libertada

Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à forca, pela lei islâmica, em 15 de maio depois de ter se casado com um cristão

23 jun 2014 - 12h06
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<p>Meriam Ibrahim amamenta seu beb&ecirc;&nbsp;rec&eacute;m-nascido, que ela deu &agrave; luz na pris&atilde;o, na semana passada, durante a visita de uma ONG ao seu&nbsp;na pris&atilde;o em Cartum, Sud&atilde;o. O tribunal ordenou, nesta segunda-feira,&nbsp;sua liberta&ccedil;&atilde;o</p>
Meriam Ibrahim amamenta seu bebê recém-nascido, que ela deu à luz na prisão, na semana passada, durante a visita de uma ONG ao seu na prisão em Cartum, Sudão. O tribunal ordenou, nesta segunda-feira, sua libertação
Foto: AP

Uma sudanesa cristã que foi condenada à morte por negar o Islã foi libertada depois de dar à luz na prisão, informou um de seus advogados nesta segunda-feira.

"Meriam foi libertada há cerca de uma hora", afirmou o advogado Mohamad Mustafa.

A condenação à forca de Meriam Yahia Ibrahim Ishag em 15 de maio provocou fortes críticas de vários governos ocidentais e grupos de direitos humanos.

A mulher, filha de um muçulmano, foi condenada pela lei islâmica que proíbe as conversões, depois de ter se casado com um cristão com quem já tinha um filho de 20 meses.

Ela também foi condenada a 100 chicotadas por adultério, já que, segundo a interpretação sudanesa da sharia, as uniões entre uma muçulmana e um não-muçulmano são consideradas traição conjugal.

Quando foi condenada, a mulher estava grávida e deu à luz uma menina 12 dias depois do veredicto.

Depois do parto, foi levada da cela que dividia com seu primeiro filho e outras mulheres para o hospital da prisão.

Mustafá e outro quatro advogados especializados em direitos humanos se encarregaram da defesa da jovem gratuitamente.

Vários líderes políticos e religiosos europeus pediram que se revogasse a "sentença desumana" pronunciada contra ela.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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