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África

Serra Leoa faz homenagem a médico que foi vítima do ebola

Em meio a preocupações com a propagação do vírus letal, companhia aérea anunciou suspendeu voos em toda a região

29 jul 2014 - 21h51
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Médico Sheik Umar Khan, especialista em ebola, morre nesta terça-feira após ser infectado. Foto de 25 de junho.
Médico Sheik Umar Khan, especialista em ebola, morre nesta terça-feira após ser infectado. Foto de 25 de junho.
Foto: Umaru Fofana / Reuters

O médico que liderou a luta contra o ebola em Serra Leoa morreu da doença nesta terça-feira.

Sheik Umar Khan pegou o vírus durante o tratamento de pacientes na cidade de Kenema.

Funcionários do governo saudaram Umar, de 39 anos, como um "herói nacional".

Ele vinha sendo elogiado por seu trabalho na luta contra o pior surto de ebola já registrado, com mais de 670 mortes em toda a África Ocidental segundo dados da ONU.

Sua morte segue-se à do médico liberiano Samuel Brisbane, que ocorreu no último final de semana.

Em meio a preocupações com a propagação do vírus letal, outra companhia aérea anunciou suspendeu voos em toda a região.

A Asky, maior companhia aérea do oeste africano, uniu-se à companhia nigeriana Arik Air ao cancelar as viagens para Libéria e Serra Leoa.

A companhia disse que tomou a decisão de manter "seus passageiros e funcionários seguros durante esse momento inquietante".

Policiamento ampliado

O ebola mata até 90% das pessoas infectadas, mas os pacientes têm mais chance de sobreviver se receberem o tratamento precoce.

O vírus se espalha através do contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada.

O surto, o mais mortal registrado até agora, foi relatado pela primeira vez em Guiné, em fevereiro. Ele então se espalhou para Libéria e Serra Leoa.

Na semana passada, a Nigéria, país mais populoso da África, registrou seu primeiro caso mortal - o do consultor do Ministério de Finanças Patrick Sawyer, que voou para Lagos em um voo Asky.

A Libéria implantou policiais no aeroporto internacional da capital, Monróvia, para garantir que os passageiros sejam avaliados e verifiquem os sintomas do ebola.

"Temos policiais no aeroporto para fazer valer o que estamos fazendo'', disse Binyah Kesselly, presidente da Autoridade Aeroportuária da Liberia.

"Então, se você tem um voo e não cumpre as regras, não vamos permitir que você embarque.''

A maioria dos postos de fronteira na Libéria foram fechadas para conter o surto e comunidades afetadas estão sendo colocadas em quarentena.

Em um comunicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que 1.201 casos de ebola foram registrados em Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Das 672 mortes, o maior número foi na Guiné com 319, seguido por Serra Leoa e Libéria, com 224 e 129, disse.

Foto: Arte Terra

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