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África

Seca e guerra forçam cada vez mais somalis a fugir ao Quênia

27 jun 2011 - 23h57
(atualizado em 28/6/2011 às 00h41)
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Will Ross

Conflitos e secas na Somália têm forçado uma quantidade sem precedentes de somalis a fugir para o Quênia, informa a ONG Save the Children. A organização humanitária relata que, diariamente, cerca de 1,3 mil pessoas - sendo ao menos 800 delas crianças - têm chegado ao campo de refugiados queniano de Dadaab.

O número mensal de chegadas ao campo mais do que dobrou no período de um ano, afirma a Save the Children. Algumas famílias são forçadas a caminhar durante mais de um mês para chegar a Dadaab. As crianças chegam exaustas, subnutridas e severamente desidratadas.

O conflito na Somália, considerado um Estado falido, já vinha forçando a fuga de cidadãos rumo ao Quênia. Mas uma forte temporada de secas e a alta no preço dos alimentos dificultaram ainda mais a situação de milhões de somalis. Dadaab, que é na verdade um conjunto de três assentamentos, é considerado o maior campo de refugiados do mundo: abriga mais de 350 mil pessoas.

A ONG Médicos Sem Fronteiras diz que muitos dos recém-chegados ao local precisam desesperadamente de cuidados médicos. Metade das crianças que chegam ao campo nunca sequer foi vacinada. Como o conflito na Somália não dá sinais de trégua, e a expectativa é de que haja mais diversos meses de secas no país, as condições de vida em Dadaab - que já está superlotado - tendem a piorar. Até o momento, os esforços para descongestionar o campo e realocar os refugiados tiveram pouco sucesso.

Refugiados somalis em campo de Dadaab, em abril
Refugiados somalis em campo de Dadaab, em abril
Foto: Reuters
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