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África

República Centro-Africana dita ordem de prisão contra ex-presidente

1 jun 2013 - 05h07
(atualizado às 05h23)
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As autoridades golpistas da República Centro-Africana (RCA) ditaram uma ordem internacional de prisão contra o ex-presidente François Bozizé, deposto no último mês de março, informou neste sábado a imprensa local. O procurador-geral da RCA, Alain Tolmo, acusa Bozizé de "crimes contra a humanidade e incitação ao genocídio". De acordo com Tolmo, alguns dos crimes atribuídos ao ex-presidente são contemplados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

Bozizé está exilado em Camarões após o golpe de Estado que repassou o poder à coalizão rebelde Séléka, cujo líder, Michel Djotodia, agora se apresenta como presidente da RCA. "A investigação está aberta e, a partir de hoje, há uma ordem de detenção emitida contra o principal responsável (dos abusos), François Bozizé Yangouvounda", declarou o procurador-geral.

Tolmo acusa Bozizé - que chegou ao poder em 2003 mediante a um golpe de Estado - de "22 assassinatos ,53 detenções arbitrárias e diversos sequestros", assim como a "destruição" de aproximadamente quatro mil casas e 119 execuções sumárias. Tolmo assegurou que as autoridades preparam a emissão de novas ordens de prisão internacional contra outras pessoas envolvidas nesses crimes. No último dia 2 de maio, a procuradoria abriu uma investigação sobre a atuação de Bozizé e "seus cúmplices".

O Conselho Nacional de Transição (CNT) da RCA, constituído após o golpe, elegeu Michel Djotodia, líder da Séléka, como presidente da transição no último dia 13 de abril. Djotodia - também acusado de violações dos direitos humanos - se comprometeu a organizar eleições gerais nos próximos 18 meses.

No último dia 24 de março, as forças do Séléka derrubaram o até então presidente, François Bozizé. O golpe aconteceu após a realização, em Libreville, de um processo de negociação entre o governo centro-africano e os insurgentes

EFE   
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