Rei saudita apoia luta dos egípcios "contra o terrorismo"
O rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, rejeitou nesta sexta-feira qualquer intervenção estrangeira nos assuntos internos do Egito por "atiçar o fogo da discórdia" e mostrou apoio à luta dos egípcios "contra o terrorismo".
"O Egito é capaz de superar a crise", disse o monarca em comunicado, depois que hoje eclodiram novos enfrentamentos entre partidários e opositores do presidente deposto egípcio Mohammed Mursi.
O rei Abdullah destacou que "os que intervêm (nesses assuntos) devem voltar à razão", e que a estabilidade do Egito e do mundo muçulmano e árabe se contrapõe "aos que incitam o ódio".
Além de manifestar sua "tristeza" pelo que acontece no país, que definiu como "segunda pátria" da Arábia Saudita, o monarca considerou que atualmente há uma "tentativa fracassada de golpear a união do Egito", sem dar mais detalhes.
Além disso, pediu aos egípcios e árabes que se unam em apoio ao país.
Os choques de hoje em várias partes do Egito começaram depois que os islamitas saíssem às ruas após a reza muçulmana do meio-dia em protesto contra a operação policial de quarta-feira contra dois de seus acampamentos no Cairo, que gerou conflitos com mais de 500 mortos, segundo o governo.
Os fatos suscitaram a preocupação da comunidade internacional e levaram o presidente americano, Barack Obama, a cancelar exercícios militares com o Egito para o próximo mês como uma forma de advertência às autoridades egípcias.
Entre os países mais críticos à atuação do exército egípcio está a Turquia, que continua considerando presidente legítimo egípcio o islamita Mohammed Mursi, deposto no dia 3 de julho em um golpe de Estado.