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África

Primeiro-ministro egípcio pede unidade após novo governo

20 jul 2013 - 19h52
(atualizado às 20h22)
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O novo primeiro-ministro egípcio, Hazem el Beblaui, clamou neste sábado pela unidade no país após a destituição do presidente Mohammed Mursi, exaltando a formação de um governo que ele definiu como "equilibrado".

Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, nesta semana, Beblaui disse à emissora de televisão oficial do Egito que é "impossível agradar todo mundo", mas garantiu que os ministros são apartidários e competentes.

O primeiro-ministro admitiu que o país está "profundamente dividido", mas que não existem ideias de exclusão pela cúpula do governo do país. Beblaui completou que a intenção é criar bases para os próximos governos, realizando a transição entre dois regimes.

O primeiro-ministro lembrou que o Egito é um país islâmico, mas condenou a radicalização em nome da religião, em alusão à Irmandade Muçulmana. Além disso, criticou quem argumenta que a justiça está politizada, defendendo sua integridade.

Sobre a Constituição, que vai ser elaborada após a suspensão do golpe militar, Beblaui garantiu que o texto deverá ser curto e centrado nos direitos básicos da população.

No cenário internacional, o primeiro-ministro admitiu que a "possibilidade de que Egito caia no caos" desperta profundas preocupações em outros países. Nesse sentido, revelou que os Estados Unidos desejam seguir ajudando o país, em referência a ajuda de US$ 1,5 milhão anual que os americanos enviam ao governo do Cairo.

No dia 3 de julho desde ano, os militares do egípcios depuseram Mursi, após protestos pedindo a antecipação das eleições. Desde então, islamitas promovem manifestações, exigindo a restituição do ex-presidente.

EFE   
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