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África

Primeiro-ministro do Egito condena ataques contra cristãos no país

15 ago 2013 - 09h25
(atualizado às 10h01)
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O primeiro-ministro do Egito, Hazem al Beblaui, condenou nesta quinta-feira as "ações criminosas" realizadas ontem contra várias igrejas, informou a agência estatal de notícias Mena.

Em conversa telefônica com o patriarca da igreja ortodoxa copta, Teodoro II, o chefe de governo expressou sua solidariedade e pesar pelos atos de violência e incêndios ocorridos em igrejas de várias províncias do país.

"A unidade de muçulmanos e cristãos são uma linha vermelha e as forças da escuridão e o terrorismo não conseguirão afetar ou enfraquecê-la", disse Beblaui.

Além disso, o primeiro-ministro afirmou que o governo enfrentará com firmeza qualquer tentativa de agredir os lugares de culto e os cristãos.

Ontem, o Ministério do Interior egípcio anunciou que um total de sete igrejas foram incendiadas ou danificadas pelos seguidores da Irmandade Muçulmana. Os ataques ocorreram no norte do Sinai, no nordeste do país, e nas províncias de Asiut, Minya e Sohag, localizadas ao sul do Cairo.

Ataques a policiais

Pelo menos três policiais morreram nesta manhã em um ataque a uma delegacia no bairro de Heluan, no sudeste do Cairo, informou a Mena. A agência, que cita uma fonte de segurança, divulgou que as vítimas foram mortas por tiros no pescoço, no peito e na cabeça. Segundo o texto, o ataque à delegacia foi cometido por centenas de supostos membros da Irmandade Muçulmana.

O ministro do Interior do Egito, Mohammed Ibrahim, disse ontem em entrevista coletiva que 43 oficiais e policiais morreram e mais de 200 ficaram feridos em ataques e enfrentamentos com seguidores da Irmandade Muçulmana no país, devido ao desmonte dos acampamentos dos islamitas na capital.

Por outro lado, a Mena informou que um grande número de membros da confraria atacou e incendiou hoje um posto da polícia no bairro de Abu Zaabal, localizada na província de Al Qaliubiya, ao norte do Cairo.

Apesar ao toque de recolher e do amplo envio das forças da ordem para fazê-lo cumprir, a noite não foi livre de incidentes em várias regiões.

As autoridades decretaram ontem o estado de emergência durante um mês e o toque de recolher das 19h às 6h locais (14h à 1h de Brasília), embora na quarta-feira tenham atrasado seu início duas horas, pelos conflitos em diversas áreas do país, que segundo dados oficiais já deixaram 525 mortos e 3.717 feridos.

EFE   
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