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Mundo

Presidente de Malauí morre aos 78 anos após sofrer infarto

6 abr 2012 - 05h50
(atualizado às 08h34)
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O presidente de Malauí, Bingu wa Mutharika, de 78 anos, faleceu nesta sexta-feira, um dia depois de ter sofrido um ataque cardíaco, informaram fontes hospitalares e do Governo do país.

Segundo essas fontes, citadas pelos sites dos diários locais Malawi Voice e Nyasa Times, os médicos não conseguiram reanimar o presidente, que chegou inconsciente ao Hospital Central de Kamuzu, em Lilongwe, a capital do país.

O chefe de Estado havia sido internado na quinta-feira, após desmaiar durante uma audiência em sua residência oficial

De acordo com o Nyasa Times, a esposa do presidente, Calista Mutharika, foi informada formalmente da morte de seu marido e recebeu a notícia "com comoção". Igualmente, o ministro das Relações Exteriores do país africano, Peter Mutharika, irmão do presidente, está "devastado" pela notícia.

Na noite de quinta-feira foi realizada uma reunião de emergência entre membros do Governo e responsáveis do partido de Mutharika, o Partido Democrático Progressista (DDP, na sigla em inglês), na qual se decidiu enviar o presidente à África do Sul para receber atendimento médico, embora ele já estivesse clinicamente morto, segundo o Nyasa Times.

O porta-voz da Presidência sul-africana, Mac Maharaj, não confirmou a morte de Mutharika e se negou a fazer comentários até que houvesse um pronunciamento oficial do Governo de Malauí, que durante esta crise manteve uma política de silêncio total.

A Constituição do país estipula que se o presidente morrer o poder é assumido pela vice-presidente, no caso, Joyce Banda, que mantinha uma tensa relação com o líder desde que ela fora expulsa do DDP em 2010. Na prática, no entanto, o chanceler malauiano, Peter Mutharika, assumiu o poder à revelia do presidente.

Mutharika dirigiu Malauí, um dos países mais pobres do mundo, desde 2004, quando venceu as eleições. O líder, reeleito em 2009, ganhou inicialmente a reputação de democrata reformista, mas essa imagem foi questionada em 2011 pelos protestos que sacudiram o país contra a alta dos preços, a falta de combustível e a corrupção do Governo.

Além disso, as críticas a Mutharika aumentaram desde o ano passado, quando a Embaixada do Reino Unido comentou, em um documento privado que vazou através do site WikiLeaks, que o líder malauiano se tornara "autocrático e intolerante". A resposta do presidente de Malauí foi expulsar o embaixador britânico, Fergus Cochrane-Dyet, com o que várias nações ocidentais decidiram parar de enviar ajuda ao país africano.

EFE   
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