PUBLICIDADE

África

Polícia mata ao menos 30 em ação contra manifestantes no Egito, diz Irmandade

14 ago 2013 - 07h31
(atualizado às 07h35)
Compartilhar

As forças de segurança egípcias mataram pelo menos 30 pessoas nesta quarta-feira, ao tentarem acabar com um acampamento no de manifestantes na capital egípcia que exigem a restituição do presidente deposto Mohamed Mursi, disse a Irmandade Muçulmana, movimento do líder que foi derrubado pelas Forças Armadas.

Não houve confirmação oficial das mortes em Rabaa al-Adawiya, no nordeste do Cairo, onde milhares de apoiadores de Mursi acordaram sob o som de helicópteros da polícia sobrevoando o local.

Um segundo acampamento, localizado perto de Universidade do Cairo, foi desmontado rapidamente pelas forças de segurança no início da manhã.

Tiros foram ouvidos enquanto manifestantes fugiam de Rabaa, e nuvens de fumaça negra foram vistas acima do acampamento. Veículos blindados avançaram ao lado dos tratores que derrubaram as barracas, e uma testemunha disse ter visto 15 corpos em um hospital de campo.

"Isso é sórdido, eles estão destruindo nossas barracas. Nós não podemos respirar e muitas pessoas estão no hospital", disse Ahmed Murad, no limite do acampamento, onde guardas da Irmandade Muçulmana tinham colocado sacos de areia na expectativa de uma invasão policial.

Imagens de televisão ao vivo mostraram médicos usando máscaras de gás e óculos de natação enquanto tentavam tratar os feridos.

Dois membros das forças de segurança egípcias foram mortos a tiros enquanto tentavam dispersar os manifestantes, de acordo com a agência estatal de notícias.

A operação aconteceu após o fracasso de esforços internacionais para mediar um fim a um período de seis semanas de impasse político entre partidários de Mursi e o governo instalado pelo Exército, que tomou posse após a deposição do presidente em 3 de julho.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade