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África

Polícia egípcia se excedeu ao usar a força letal contra manifestantes (HRW)

19 ago 2013 - 20h04
(atualizado às 21h33)
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A Polícia egípcia fez uso de força letal sem necessidade para dispersar os manifestantes na repressão de quarta-feira passada que deixou cerca de 600 mortos, segundo um relatório da Human Rights Watch (HRW), divulgado em Nova York.

A organização de defesa dos direitos humanos classificou o ocorrido em 14 de agosto como "o mais sério incidente de assassinato ilegal em massa da história moderna do Egito".

"A investigação em andamento da Human Rights Watch indica que a decisão de utilizar balas reais em grande escala desde o começo refletiu um desrespeito aos padrões policiais internacionais de uso de força mortal", ressaltou a HRW em um comunicado.

A ação policial "não era justificável pelas perturbações provocadas pelos manifestantes ou pela limitada posse de armas por alguns deles", acrescentou.

Segundo a HRW, "a falha das autoridades em fornecer uma saída segura para os manifestantes, incluindo aos feridos a bala, que precisavam de cuidados médicos urgentes, foi uma séria violação dos padrões internacionais".

Cerca de 900 pessoas, principalmente manifestantes favoráveis ao presidente deposto Mohamed Mursi, perderam a vida no Egito desde quarta-feira.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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