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Passageiros estavam prontos para deixar navio, diz comandante

1 mar 2012 - 10h53
(atualizado às 11h32)
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O incêndio na sala de geradores do cruzeiro Costa Allegra foi extinto em menos de uma hora, "mas os passageiros estavam prontos para deixar o navio em botes salva-vidas se fosse necessário".

Niccolo Alba, comandante do cruzeiro Costa Allegra, concede entrevista em Victoria, Seychelles
Niccolo Alba, comandante do cruzeiro Costa Allegra, concede entrevista em Victoria, Seychelles
Foto: AP

A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo comandante do cruzeiro, Niccolo Alba, em entrevista coletiva, exibida pela TV, realizada na ilha de Mahé, a maior do arquipélago das Seychelles, onde atracou a embarcação, que sofreu incêndio às 13h40 (horário local) na segunda-feira.

Após o incêndio, "o cruzeiro conseguiu navegar durante 1 dia e meio com o motor a diesel de reserva alimentado por baterias, mas após 3h ou 4 horas sofreu uma pane que não foi possível ser reparada e permaneceu 24h sem nenhum tipo de progresso", contou Alba.

Niccolo Alba afirmou que "quando ficamos sem energia elétrica soubemos que estaríamos em uma situação incômoda, mas não havia outra saída".

Com o navio sem propulsão, a prioridade para o comandante foi rebocar o Costa Allegra para terra no menor tempo possível. "Sabíamos que com os rebocadores economizaríamos tempo, mas houve uma incompatibilidade técnica com o primeiro deles".

O comandante decidiu, então, que o navio seria puxado pelo pesqueiro francês Trevignon "e a operação foi realizada com total segurança, como o desembarque nesta quinta", revelou Alba, que fez questão de deixar claro que em nenhum momento houve abandono de funções e que no cruzeiro pertencente à empresa Costa Cruzeiros todos os protocolos internacionais foram cumpridos.

"Agimos respeitando as medidas internacionais. Preparamos todos para o caso de evacuação, avisamos a Capitania dos Portos e as autoridades. Depois, a emergência foi declarada com o procedimento para possível retirada nos botes salva-vidas" referiu.

O comandante do cruzeiro afirmou que os maiores problemas foram causados pela falta de energia elétrica, já que "após 24 horas a bateria de emergência acabou", o que levou os passageiros a terem de suportar temperaturas de 30 graus no exterior e se alimentar com comidas frias.

Niccolo Alba parabenizou a tripulação do navio por sua atuação, "já que todos se comportaram de forma notável e agiram como grandes profissionais".

Os 627 passageiros e 413 membros da tripulação do cruzeiro Costa Allegra, que por causa do incêndio na segunda-feira ficou sem energia elétrica e teve de ser rebocado durante três dias pelo Oceano Índico, desembarcaram nesta quinta na ilha de Mahé, e estavam em boas condições.

EFE   
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