PUBLICIDADE

África

Partidários de Mursi protestam, apesar de ameaças do governo no Egito

9 ago 2013 - 12h52
(atualizado às 13h06)
Compartilhar

Os partidários do presidente islamita deposto Mohamed Mursi, destituído pelo exército, participavam de novos protestos no Egito nesta sexta-feira, apesar das ameaças de uma iminente dispersão pela força das duas praças que ocupam há mais de um mês no Cairo.

Depois da oração de sexta-feira, os manifestantes marcharam do centro da capital egípcia para a praça Rabaa al Adawiya, onde partidários de Mursi se entrincheiram há mais de um mês.

Milhares de manifestantes também saíram às ruas em outras cidades do país, principalmente em Alexandria (norte) e Asiut (centro).

Em Fayum (sul do Cairo), partidários de Mursi confrontaram a polícia, que jogou gases lacrimogêneos para dispersá-los, segundo fontes de segurança.

A Aliança contra o Golpe de Estado e pela Democracia, que reúne os partidários de Mursi, havia pedido, em um comunicado, o prosseguimento da "luta pacífica" com marchas na capital e em todo o país depois da grande oração desta sexta-feira.

Segundo a Aliança, os partidários de Mursi estão dispostos a protestar "até o retorno ao poder do presidente".

Nos últimos dez dias a crise se agravou com o fracasso das tentativas de mediação internacional e o anúncio do governo interino, instaurado pelo exército, de que os protestos dos partidários de Mursi serão dispersados pela força após o fim do Ramadã, que terminou na quinta-feira.

Mursi, membro do movimento islamita da Irmandade Muçulmana, é o primeiro presidente egípcio eleito democraticamente. Foi deposto e detido pelo exército no dia 3 de julho, em resposta, segundo os militares, às expectativas de milhares de manifestantes que exigiam sua renúncia.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro interino, Hazem el-Beblawi, advertiu que "a situação está se aproximando do momento que nós preferíamos evitar".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade