Otan enviará equipe à Líbia para auxílio em segurança
A Otan enviará "o mais rápido possível" à Líbia uma equipe de analistas para estudar qual áreas do setor de segurança do governo de Trípoli estão precisando de ajuda, anunciou nesta terça-feira o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen.
A decisão estipulada pelos aliados responde a uma solicitação enviada pela Líbia na última semana, indicou Rasmussen, que avançou que a delegação apresentará suas conclusões aos países da Otan no final de junho e que, posteriormente, decidirão os passos seguintes.
"Acho que esta seria uma forma adequada de continuar nossa cooperação na Líbia, depois que atuássemos com sucesso para proteger o povo líbio há dois anos", assinalou o secretário-geral em declarações aos jornalistas.
A equipe de analistas da Otan chegará "o mais rápido possível" e se ocupará em "identificar junto aos líbios as áreas nas quais o país acredita estar precisando de ajuda e as áreas nas quais achamos que podemos dar um valor agregado".
Rasmussen avançou, em todo caso, que o papel da Otan passará principalmente por oferecer "uma assessoria" nas áreas em que conta com "muita experiência", como o desenvolvimento das instituições de segurança.
Além disso, assinalou que esta operação procura "desdobrar tropas na Líbia" e indicou que se, finalmente a Otan se ocupar da formação das forças líbias, estas poderiam ser desenvolvidas fora do país.
A Otan já tinha oferecido à Líbia em várias ocasiões apoio para desenvolver seu setor da segurança, assim como a União Europeia, por exemplo, fará no âmbito do controle de fronteiras.
A possível cooperação com a Líbia fará parte hoje das discussões que os ministros da Defesa da Aliança manterão em Bruxelas a partir das 8h (de Brasília).
Hoje, a Otan também "estudará formas para enfrentar as lacunas em algumas capacidades fundamentais e resolver alguns dos desequilíbrios da Aliança", explicou Rasmussen.
Além disso, os ministros manterão sua primeira discussão centrada especificamente na ciberdefesa, assinalou o político dinamarquês, que considerou que, além de defender suas redes, a Otan pode dar assistência a seus sócios em caso de ataque.
O debate entre os aliados chega em um momento de especial interesse neste âmbito, já que nos últimos dias os Estados Unidos acusaram à China de estar envolvida em práticas de ciberespionagem, uma acusação que foi rejeitada por Pequim.