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África

Oposição nigeriana diz que eleição não passa de "uma farsa"

Votação na eleição de sábado foi estendida até domingo em um pequeno número de postos de votação

29 mar 2015 - 12h20
(atualizado às 14h45)
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Nigeriana participa de votação para escolher novo presidente em uma unidade de votação em Daura, no noroeste do país
Nigeriana participa de votação para escolher novo presidente em uma unidade de votação em Daura, no noroeste do país
Foto: Akintunde Akinleye / Reuters

Confusão e violência marcaram a mais tensa eleição presidencial da Nigéria desde o fim do regime militar, com a oposição rejeitando os resultados de um turbulento estado do sul, antes mesmo que eles sejam anunciados.

A oposição All Progressives Congress (APC), do estado de Rivers, acusou os partidários do presidente Goddluck Johnathan de estar por trás do assassinato dos seus militantes, e denunciou que a eleição lá não passa de "uma farsa e um blefe".

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A rejeição da votação em Rivers – um centro da indústria petrolífera nigeriana – aumenta a perspectiva de um resultado nacional disputado e o risco de uma repetição da violência que eclodiu depois da última eleição, em 2011, quando 800 pessoas foram mortas, no norte de maioria muçulmana.

A votação na eleição de sábado foi estendida até domingo em um pequeno número de postos de votação, depois que problemas técnicos atingiram as máquinas de identificação de eleitores.

Atentados matam pelo menos 58 pessoas na Nigéria:

Testemunhas disseram que militantes islâmicos do Boko Haram mataram mais de uma dúzia de eleitores, enquanto pelo menos duas pessoas foram mortas a tiros, no centro petrolífero de Port Harcourt, a maior cidade do estado de Rivers, que tem um longo histórico de comportamento político violento.

A eleição coloca Johnathan contra o ex-governante militar, Mohammadu Buhari, em busca do voto de um eleitorado dividido por uma complexa mistura de diferenças étnicas, regionais e, em alguns casos, até religiosas, no país mais populoso da África.

Esta também é a primeira eleição desde o fim do governo militar, em 1999, em que o candidato da oposição teve uma séria chance de derrubar o candidato à reeleição.

A votação foi cercada por problemas desde o início, quando funcionários chegaram tarde e os leitores biométricos, introduzidos para evitar fraude eleitoral, que afetaram votações anteriores, não funcionaram. Até mesmo Johnathan precisou esperar 40 minutos.

O porta-voz da comissão eleitoral, Kayode Odowu, disse que apenas 350 locais de votação dos 120 mil, ainda estavam abertos para votação. "Não se pode dizer que isso seja considerável", ele disse, acrescentando que os resultados poderão ser divulgados 48 horas depois que a votação for encerrada.

Qualquer um que anunciar os resultados antes da comissão, estará violando a lei, ele acrescentou.

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