OMS envia especialistas ao Mali; 43 pessoas são monitoradas
Menina de 2 anos teve exame positivo para ebola após chegar de Guiné, país que sofre com o surto
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que estava enviando especialistas para ajudar o Mali no combate ao ebola, um dia depois de o primeiro caso da doença ter sido confirmado lá.
Autoridades disseram na quinta-feira que uma menina de 2 anos de idade foi infectada - tornando o Mali o sexto país do oeste africano a ser afetado pelo pior surto da febre hemorrágica registrado até hoje, que já matou cerca de 4.900 pessoas.
A criança teria chegado de Kissidougou, ao sul da República da Guiné, na quarta-feira e foi encaminhada a um hospital de Kayes. O exame para o ebola deu positivo.
Com o resultado da análise laboratorial, o Mali registrou o seu primeiro caso importado da doença. No comunicado, o governo informa que a criança e todas as pessoas que estiveram em contato com ela foram tratadas segundo o protocolo internacional previsto e colocadas em quarentena.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Markatchè Daou, acrescentou que a menina chegou da Guiné com a avó e que o caminho que percorreram estava identificado. “A gestão foi automática. Todas as pessoas que estiveram em contato com a menina estão submetidas a vigilância médica”, acrescentou.
De acordo com o comunicado, o ministério “tomou todas as medidas necessárias para evitar a propagação do vírus” e pede à população que fique tranquila. No entanto, também aconselha as pessoas para que evitem viagens não necessárias para zonas da epidemia e para que sigam as medidas de higiene e segurança.
A equipe da OMS, com três especialistas, está no Mali avaliando seu sistema de proteção contra o surto, e pelo menos mais outros quatro especialistas serão enviados ao país nos próximos dias, disse a porta-voz da OMS, Fadela Chaib.
Autoridades do Mali estão monitorando 43 pessoas que tiveram contato com a menina, incluindo 10 profissionais de saúde, disse ela em uma entrevista coletiva.
Com informações da Reuters e Agência Brasil.