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África

Oito mexicanos estão entre as vítimas de ataque equivocado de forças egípcias

14 set 2015 - 09h44
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Oito turistas mexicanos estão entre os 12 mortos em um ataque por engano realizado pelas forças de segurança do Egito no domingo, perto do oásis de Bahareya, no deserto situado no oeste do país, informou à Agência Efe uma fonte ligada às outras quatro vítimas, todas egípcias, do incidente.

Um amigo do guia turístico falecido no ataque equivocado, Hisham Gaudat, disse nesta segunda-feira à Efe em um hospital no oeste do Cairo o número de vítimas mortais, que incluem o próprio guia, Hisham Tamaui, três motoristas egípcios e os oito mexicanos.

Segundo Gaudat, um avião militar bombardeou a posição onde estava o grupo, composto por 16 pessoas, por volta das 14h locais de ontem (9h de domingo em Brasília).

Além disso, o amigo da vítima negou as declarações do governo egípcio, que acusou a empresa turística organizadora da excursão de não ter as permissões necessárias para entrar na região desértica, cujo acesso está restringido.

Segundo Gaudat, a companhia Windows of Egypt dispunha das permissões necessárias. Inclusive, um agente da Polícia viajava com o grupo na hora do ataque. Ele ficou ferido no incidente, mas já recebeu alta.

O amigo das vítimas acrescentou que até pouco tempo a região estava vetada ao turismo, mas reiterou que a companhia teve autorização do governo para realizar excursões no local.

A Secretaria das Relações Exteriores do México até o momento só confirmou a morte de dois cidadãos do país no incidente, exigindo também uma investigação profunda e a explicação dos fatos.

Por outro lado, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Abu Zeid, destacou em comunicado que o ministro interino, Sameh Shukri, já entrou em contato com a chanceler mexicana, Cladia Massiu, e explicou o que ocorreu.

Segundo Shukri, os turistas estavam uma região proibida no momento no qual havia uma perseguição das forças do Exército e da Polícia a terroristas que usavam veículos 4x4 parecidos aos utilizados pelos mexicanos mortos na ofensiva.

EFE   
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