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África

Nigéria: ataques de fundamentalistas matam ao menos 35

5 ago 2013 - 12h34
(atualizado às 12h54)
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Pelo menos 35 pessoas morreram e várias ficaram feridas em dois ataques diferentes perpetados pelo grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, no norte da Nigéria, informou nesta segunda-feira o Exército nigeriano.

O porta-voz da Força de Ação Conjunta (JTF) do Exército da Nigéria, Sagir Moussa, indicou em comunicado que pelo menos um policial e 17 fundamentalistas morreram ontem quando membros do Boko Haram invadiram uma delegacia na cidade de Bama, no estado de Borno.

"Os terroristas usaram armamento sofisticado e dispositivos explosivos para atacar, em 4 de agosto, por volta das 6h45 local (2h45, horário de Brasília), afirmou Moussa, que acrescentou que os militares repeliram a invasão.

Em um outro fato, dois soldados e 15 radicais morreram quando o Boko Haram atacou, também ontem em Borno, um operativo multinacional que luta contra o terrorismo, o tráfico de armas e a delinquência além da fronteira da Nigéria com Camarões, Chade e Níger.

Desde 16 de maio, a Nigéria realiza uma ofensiva antiterrorista nos estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país (todos eles sob estado de emergência), após um aumento da atividade criminosa nessa zona, onde o Boko Haram opera, embora sigam registrando ataques dos fundamentalistas.

O grupo, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta por impor a Lei Islâmica no país africano, de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde 2009, quando a polícia acabou com o líder de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já deixou mais de três mil mortos, segundo números do Exército nigeriano.

Com cerca de 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

EFE   
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