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Centenas de pessoas se despedem de Mandela em Johanesburgo

5 dez 2013 - 22h18
(atualizado às 22h36)
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Centenas de pessoas se reuniram esta noite em frente à casa onde morreu o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela aos 95 anos, no bairro de Houghton, em Johanesburgo, para se despedir com música, flores e bandeiras para o herói do "anti-apartheid". A imprensa também se reuniu após saber que tinha sido convocada ali uma reunião familiar urgente no fim da tarde.

Horas antes do discurso oficial do atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, quando anunciou a morte de Mandela, duas das netas do ex-líder e uma amiga próxima da família, Bantu Holomisa, foram vistas entrando na casa. Apesar dos rumores, um de seus netos, Madla Mandela, negou que estivesse acontecendo uma reunião sobre a piora do estado de saúde de seu avô.

Agitando bandeiras, com câmeras, flores, canções e bailes, centenas de pessoas de diferentes raças e religiões homenageiam o herói sul-africano. "Nosso Tata - papai, em língua zulu - foi libertado 95 anos após observar como diferentes raças se juntaram em frente a sua casa", comentou uma moradora de Johanesburgo. "Na Avenida 14 de Houghton. Os próximo sete dias vão ser assim, celebrando Mandela com dignidade", comentou uma das pessoas presentes.

Com gritos de "Nelson Mandela, Nelson Mandela", o tranquilo bairro do ex-presidente sul-africano foi tomado também por carros, que não podiam acessar a rua onde o ex-presidente passou seus últimos dias por ela ter sido bloqueada. Até as 20h50 (16h50 em Brasília) de ontem, Mandela recebeu tratamento em seu domicílio, transformado em uma unidade de terapia intensiva desde que foi transferido do hospital em 1º de setembro, procedente do hospital de Pretória.

Madiba foi internado em estado grave em 8 de junho por uma recaída de uma infecção pulmonar, e seu estado passou a ser crítico em 23 de junho. Mandela se tornou em 1994 o primeiro presidente negro da história da África do Sul, e liderou junto de seu antecessor no cargo e último líder do regime racista do "apartheid", Frederik De Klerk uma transição democrática que evitou uma guerra civil entre brancos e negros no país.

EFE   
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