A polícia de Monróvia, capital da Libéria, disparou gás lacrimogêneo nesta quarta-feira para dispersar uma multidão com pedras nas mãos que buscava sair de um bairro colocado sob quarentena por causa do vírus do Ebola, disseram testemunhas.
Autoridades locais declararam um toque de recolher na terça-feira e colocaram o bairro -chamado West Point - sob quarentena. A área foi contaminada pelo Ebola, que matou mais de 1.200 pessoas na Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
Não houve relatos de feridos no confronto, o qual, segundo testemunhas, começou após forças de segurança terem bloqueado vias de saída do bairro no começo da quarta-feira, utilizando mesas, cadeiras e arame farpado.
Residentes da área disseram não ter recebido alertas do bloqueio, o que os impediu de ir ao trabalho ou comprar comida.
“Vimos (o bloqueio) apenas esta manhã. Saímos e não podíamos ir a lugar nenhum. Eu não ouvi de nenhum autoridade o que aconteceu”, disse à Reuters Alpha Barry, de 45 anos, que trabalha em uma casa de câmbio.
“Eu não tenho nenhuma comida e estamos com medo”, disse Barry, que disse ser de Guiné e ter quatro filhos menores de 13 anos.
Uma multidão em West Point invadiu um centro temporário que abrigava pessoas com suspeita de Ebola no fim de semana, e 17 pacientes fugiram. Todos eles foram recuperados e estão sendo tratados em outro centro, segundo o governo.
Nancy Writebol, missionária da Carolina do Norte que trabalhava na Libéria, chega ao hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, para receber tratamento médico contra o Ebola
Foto: The Journal & Constitution, John Spink / AP
O médico Kent Brantly posa ao lado da esposa Amber nesta foto sem data. Brantly foi o primeiro infectado pelo Ebola a ser levado aos Estados Unidos para receber tratamento
Foto: Samaritan's Purse / AP
Vítima do Ebola, Nancy Writebol é rodeada de crianças na Libéria, em 7 de outubro de 2013
Foto: Cortesia de Jeremy Writebol / AP
Equipe médica coloca roupas especiais antes de tratar de pacientes que contraíram o vírus Ebola, em Kenema, Serra Leoa, em 10 de julho
Foto: Tommy Trenchard / Reuters
Voluntários transportam corpos de vítimas do Ebola a um centro dirigido pelo grupo Médicos Sem Fronteiras, em Kailahun, Serra Leoa
Foto: WHO/Tarik Jasarevic / Reuters
Voluntários enterram o corpo de um africano vítima do Ebola em Kailahun, Serra Leoa, em 2 de agosto
Foto: WHO/Tarik Jasarevic / Reuters
Um grupo de voluntários se prepara para remover os corpos de pessoas suspeitas de terem contraído Ebola antes de morrer na aldeia de Pendebu, norte do Kenema, em Serra Leoa
Foto: HO/Tarik Jasarevic / Reuters
Trabalhadores da área da saúde se preparam para trabalhar em uma unidade de isolamento no distrito de Foya, na Libéria
Foto: hmed Jallanzo/UNICEF / Reuters
Meninas olham para um pôster distribuído pela UNICEF com orientações de como se prevenir do vírus Ebola, na Libéria
Foto: Ahmed Jallanzo/UNICEF / Reuters
Funcionários da área médica carregam o corpo de uma vítima do Ebola em Serra Leoa, em 25 de julho
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