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Mundo

Ministro líbio diz que fim de Kadafi era "objetivo menor"

20 out 2011 - 15h00
(atualizado às 15h20)
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O ministro da Defesa do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Jalal al-Digheili, afirmou nesta quinta-feira que o fim do coronel Muammar Kadafi "era um objetivo menor", frente ao que ele definiu como principal, a reconstrução da Líbia.

Veja o anúncio da morte de Muammar Kadafi:

Em discurso retransmitido pelo canal de televisão Al Jazeera da cidade líbia de Bengazi, Digheili expressou sua satisfação com a morte do ex-ditador, confirmada nesta quarta-feira pelos revolucionários.

"Cumpre-se assim um dos objetivos da revolução, um dos pequenos, pois o objetivo final é a reconstrução da pátria sobre os alicerces da lei, Constituição, justiça, liberdade e pluripartidarismo", declarou o titular da pasta de Defesa.

Ele destacou que a reconstrução do país passa pela união do povo líbio, ao qual pediu que entregue as armas após meses de conflito armado.

Kadafi, que chegou ao poder em 1969, morreu em circunstâncias ainda não esclarecidas durante a tomada de sua cidade natal, Sirte, um dos redutos leais ao ex-ditador que mais resistiram aos revolucionários durante o conflito que eclodiu no dia 17 de fevereiro.

Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.

EFE   
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