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África

Ministro egípcio quer mãos da Irmandade na política, não em armas

28 jul 2013 - 17h55
(atualizado às 18h40)
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Ministro das Relações Exteriores egípcio, Nabil Fahmy, diz que Irmandade deve parar de incitar a violência
Ministro das Relações Exteriores egípcio, Nabil Fahmy, diz que Irmandade deve parar de incitar a violência
Foto: AFP

A Irmandade Muçulmana deve fazer parte do futuro político do Egito e deve parar de incitar a violência, disse o ministro das Relações Exteriores do país, neste domingo, um dia depois de o grupo acusar as forças de segurança de matar 72 de seus partidários nas ruas. Nabil Fahmy advertiu que aprofundar as divisões políticas levaria "em última análise, a mais tragédias" e acusou a Irmandade de inflamar o derramamento de sangue, o que representa uma ameaça de segurança para o Egito e prejudica os esforços para reanimar a frágil economia.

O Estado mais populoso do mundo árabe torna-se cada vez mais polarizado desde que o Exército destituiu o presidente Mohamed Mursi do poder há três semanas, enfurecendo a Irmandade Muçulmana. "Acho que essa polarização intensa e a contínua incitação à violência é muito, muito perigosa, porque mantém as pessoas com um pavio muito curto, francamente, e o Egito precisa avançar", disse Fahmy em entrevista à Reuters.

A violência de sábado levantou preocupações no Ocidente sobre a crescente turbulência no Egito, um aliado estratégico dos EUA. A Irmandade acusou as forças de segurança de atacarem repetidamente os manifestantes que protestavam contra o que consideram um golpe contra o primeiro líder livremente eleito do país.

Mas, enquanto a Irmandade reitera o compromisso declarado de resistência pacífica, as autoridades dizem que os seus apoiadores estão se voltando cada vez mais para a violência, estimulados pela retórica inflamada de sua liderança. Fahmy conectou os esforços de reconciliação ao que descreveu como o fim da violência e jogou o ônus sobre os líderes da Irmandade, que ele diz estarem incitando o derramamento de sangue.

"A Irmandade Muçulmana tem uma escolha. Se ela quer ser parte da cena política egípcia, a porta está aberta", disse ele. "Dito isto, se optar por recorrer à violência, eles estarão sujeitos a toda a força da lei, à lei".

A Irmandade acusou o chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sisi, de roubar do Egito as conquistas democráticas adquiridas desde a derrubada de Hosni Mubarak em 2011 e quer a reintegração de Mursi.

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