A polícia dispersou no final da noite dessa sexta-feira um protesto que reuniu centenas de marroquinos na capital Rabet contra o perdão real concedido a um pedófilo espanhol, que cumpria sentença de 30 anos por estuprar e filmar crianças de até quatro anos
Foto: Reuters
A tropa de choque impediu que os manifestantes se concentrassem na frente do Parlamento, no centro da capital o confronto deixou dezenas de feridos, incluindo jornalistas
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Daniel Vino Galvan, segundo Hamid Krayri, uma advogada para famílias das vítimas -, está no grupo de 48 espanhóis que foram perdoados pelo rei Mohamed VI na terça-feira, após pedido do rei da Espanha, Juan Carlos, que visitou o país no mês passado
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A manifestação ocorreu após uma campanha online promovida por ativistas. Nós estamos aqui para saber quem é o responsável por esse perdão. É uma vergonha, eles estão vendendo nossas crianças, disse Najia Adib, presidente de uma ONG pelos direitos das crianças, momentos antes de ser atacada pela polícia, juntamente com a filha adolescente
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Os protestos, que também foram realizados em outras cidades marroquinas, querem a revogação do perdão, e que o espanhol seja levado de volta à prisão. O governo disse que o homem foi expulso para a Espanha. Najia Adib afirmou que Galvan fora condenado há 18 meses por estuprar e filmar crianças com idade entre 4 e 15 anos
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O Palácio Real não quis comentar o episódio, mas o Ministério da Justiça emitiu um comunicado nessa sexta, afirmando que o perdão real foi emitido com base em interesses nacionais, no âmbito da relação amigável entre os dois países. O ministro Mustapha Ramid disse que o acusado foi banido do território marroquino e não pode retornar
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O rei, assim como outros líderes da região, geralmente perdoam prisioneiros em ocasiões especiais, mas a decisão de liberar os espanhóis após o pedido do monarca de uma antiga metrópole provocou a ira dos marroquinos
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É um grande erro. Nós queremos a anulação da decisão do rei e um pedido de desculpas para as famílias das vítimas e ao povo marroquino, afirmou Abdelali Hamieddine, membro de um partido de coalizão do próprio governo, durante o protesto
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Ele afirmou que a culpa não é do governo, uma vez que o perdão partiu do Palácio Real. Isso é a prova que nossa justiça é um brinquedo, declarou Hamza Mahfoud, um dos organizadores do protesto
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Dezenas de pessoas ficaram feridas após confronto com a polícia
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A polícia dispersou no final da noite dessa sexta-feira um protesto que reuniu centenas de marroquinos na capital Rabet contra o perdão real concedido a um pedófilo espanhol, que cumpria sentença de 30 anos por estuprar e filmar crianças de até quatro anos, de acordo com informações da agência Reuters.
A tropa de choque impediu que os manifestantes se concentrassem na frente do Parlamento, no centro da capital – o confronto deixou dezenas de feridos, incluindo jornalistas.
Daniel Vino Galvan, segundo Hamid Krayri, uma advogada para famílias das vítimas -, está no grupo de 48 espanhóis que foram perdoados pelo rei Mohamed VI na terça-feira, após pedido do rei da Espanha, Juan Carlos, que visitou o país no mês passado.
A manifestação ocorreu após uma campanha online promovida por ativistas. “Nós estamos aqui para saber quem é o responsável por esse perdão. É uma vergonha, eles estão vendendo nossas crianças”, disse Najia Adib, presidente de uma ONG pelos direitos das crianças, momentos antes de ser atacada pela polícia, juntamente com a filha adolescente.
Os protestos, que também foram realizados em outras cidades marroquinas, querem a revogação do perdão, e que o espanhol seja levado de volta à prisão. O governo disse que o homem foi expulso para a Espanha. Najia Adib afirmou que Galvan fora condenado há 18 meses por estuprar e filmar crianças com idade entre 4 e 15 anos.
O Palácio Real não quis comentar o episódio, mas o Ministério da Justiça emitiu um comunicado nessa sexta, afirmando que o perdão real foi emitido com base em interesses nacionais, no âmbito da relação amigável entre os dois países.