PUBLICIDADE

África

Manifestante é morto no Cairo, diz fonte de segurança

14 set 2012 - 19h00
(atualizado às 20h43)
Compartilhar

Um manifestante foi morto em confrontos com a polícia perto da embaixada dos Estados Unidos no Cairo nesta sexta-feira durante protesto contra um filme que denigre o profeta Maomé, disse uma fonte de segurança. A vítima, de 35 anos, que morreu por ferimentos a bala, é a primeira pessoa a ser morta no Egito nos confrontos, que aconteceram depois que manifestantes escalaram as paredes da embaixada em protestos na terça-feira.

Manifestante se prepara para atirar gás lacrimogêneo na direção de policiais durante confronto no Cairo
Manifestante se prepara para atirar gás lacrimogêneo na direção de policiais durante confronto no Cairo
Foto: Reuters

Veja imagens do polêmico filme anti-Islã
Origem de vídeo pivô de protestos é motivo de dúvidas e confusão
Filme polêmico põe EUA sob pressão no Egito, Líbia e Iêmen
Protestos, dia 1: egípcios rasgam bandeira dos EUA
Protestos, dia 2: embaixador dos EUA é morto na Líbia
Protestos, dia 3: embaixada dos EUA no Iêmen é cercada
Protestos, dia 4: fúria se espalha por África e Oriente Médio

Filme anti-islamismo desencadeia protestos contra EUA

Na última terça-feira, 11 de setembro, protestos irromperam em frente às embaixadas americanas do Cairo, no Egito, e de Benghazi, na Líbia, motivados por um vídeo que zombava do islamismo e de Maomé, o profeta muçulmano. No primeiro caso, os manifestantes destroçaram a bandeira estadunidense; no segundo, os ataques chegaram ao interior da embaixada, durante os quais morreram, entre outros, o embaixador e representante de Washington, Cristopher Stevens.

Desde então, protestos e confrontos, que vêm sendo registrados diariamente no Cairo, disseminaram-se contra embaixadas americanas em diversos países da África e do Oriente Médio. Nesta sexta, 14 de setembro, já haviam sido registrados eventos em Túnis (Tunísia), Cartum (Sudão), Jerusalém (Israel), Amã (Jordânia)e Sanaa (Iêmen). Há fotos e relatos de protestos também na Índia e em Bangladesh. Somados, estes episódios já deixam algumas dezenas de mortos e feridos entre manifestantes, diplomatas e forças de segurança.

O vídeo que desencadeou esta onda de protestos no mesmo dia em que os Estados Unidos relembravam os atentados terroristas de 2001 traz trechos de Innocence of Muslims (A Inocência dos muçulmanos, em tradução livre), filme produzido nos Estados Unidos sob a suposta direção de Nakoula Basseky Nakoula. Ele seria um cristão copta egípcio residente nos Estados Unidos, mas sua verdadeira identidade e localização ainda são investigadas. O filme, de qualidades intelectual e cultural amplamente questionáveis, zomba abertamente do Islã e denigre de a imagem de Maomé, principal nome da tradição muçulmana.

A Casa Branca lamentou o conteúdo do material, afirmou não ter nenhuma relação com suas premissas e ordenou o reforço das embaixadas americanas.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade