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África

Mali: junta pede negociação com rebeldes e fim de hostilidades

26 mar 2012 - 22h24
(atualizado às 22h49)
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O chefe da junta do governo do Mali, o capitão Amadou Sanogo, pediu na noite desta segunda-feira aos rebeldes tuaregues que avançam no norte do país o "fim das hostilidades" e a negociar "no prazo mais breve", em uma mensagem na emissora pública. O Comitê Nacional de Recuperação Democrática e Restabelecimento do Estado (CNRDRE, a junta que tomou o poder em 22 de março) "tem a intenção de dialogar muito rapidamente com os movimentos armados presentes no norte de nosso país. Pedimos que acabem com as hostilidades e que negociações sejam realizadas o mais breve possível", disse.

"Tudo é negociável, com exceção da integridade do território nacional e da unidade de nosso país", disse. O Mali enfrenta desde meados de janeiro uma vasta ofensiva da rebelião tuaregue, que conta em suas filas com homens que voltaram da Líbia após ter lutado pelo líbio Muammar Kadafi, e que em alguns casos conta com o apoio de grupos armados islâmicos, particularmente da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).

Os rebeldes avançam atualmente para Kidal, uma das cidades mais importantes do nordeste, enquanto os golpistas justificaram seu golpe de Estado acusando o regime derrubado de ter fracassado frente à rebelião. O capitão Sanogo assumiu a chefia de governo em 22 de março, aós ter derrubado o presidente Amadou Toumani Touré, algumas semanas antes da eleição presidencial de 29 de abril. O novo poder reuniu contra ele uma condenação internacional unânime e a condenação da maioria da classe política do Mali.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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