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Mundo

Líder pede a rebeldes que evitem vingança em Trípoli

21 ago 2011 - 21h41
(atualizado às 22h02)
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Um dos principais membros do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mahmud Jibril, pediu aos combatentes rebeldes que evitem qualquer vingança em Trípoli e fiquem alertas para "bolsões" de resistência pró-Muammar Kadafi na capital. O alerta foi feito após as forças rebeldes declararem que tomaram toda a cidade, menos Bab al-Aziziya, onde fica o quartel do líder líbio.

Milhares de líbios celebram em Benghazi a prisão dos filhos de Kadafi
Milhares de líbios celebram em Benghazi a prisão dos filhos de Kadafi
Foto: AFP

"Hoje que nós comemoramos a vitória. Apelo para a sua consciência e para a sua responsabilidade: não se vinguem, não saqueiem, não culpem os estrangeiros e respeitem os prisioneiros", disse Jibril, em um discurso oficial à televisão rebelde Libya al-Ahrar. "Fiquem alerta. Bolsões de resistência (das forças pró-Kadafi) ainda são localizados dentro e no entorno de Trípoli (...)", acrescentou.

Imagens da emissora Sky News mostravam rebeldes na praça Verde, na região central de Trípoli. Enquanto a cidade era tomada pelas forças rebeldes, Kadafi convocou, em uma mensagem em áudio, moradores para sairem à rua e defenderem a capital da "invasão imperialista".

Segundo o governo, o líder está preparado para negociar diretamente com os rebeldes por um cessar-fogo. Segundo o Conselho de Transição, a pausa no conflito pode ocorrer, mas se Kadafi deixar o país. Emissoras de televisão e agências internacionais noticiam que dois filhos de Kadafi foram capturados e um terceiro se rendeu, assim como a guarda pessoal do coronel.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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