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Mundo

Junta Militar cede indulto para quase 2 mil presos no Egito

21 jan 2012 - 20h59
(atualizado às 21h25)
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A Junta Militar que governa o Egito decidiu neste sábado ceder indultos para quase 2 mil ativistas que estavam sendo julgados nos tribunais militares, entre eles o conhecido Maikel Nabil, um blogueiro que estava sendo acusado de difamar o Exército.

Segundo a agência oficial de notícias Mena, os presos que receberam os indultos são pessoas que afrontavam os militares "após a deterioração da segurança depois da Revolução de 25 de janeiro" do último ano.

Entre os ativistas que serão libertados, figura o ativista e bloigueiro copta, o qual foi condenado no último dia 14 de dezembro por um tribunal civil. Na ocasião, Nabil foi condenado a dois anos de prisão por denunciar que o Exército tinha cometido abusos durante a revolta.

Este polêmico caso foi levado primeiro pela via militar, já que em seu blog pessoal, Nabil assegurou que os soldados torturaram manifestantes dentro do Museu Egípcio do Cairo e que as forças de segurança fizeram "provas de virgindade" em várias meninas em uma prisão militar, algo que também foi denunciado por várias ONGs.

Os processos militares contra os ativistas políticos no Egito despertaram as críticas de organismos nacionais e internacionais de direitos humanos.

Nos seis meses posteriores à revolução de 25 de janeiro de 2011, o número de civis processados nos tribunais militares ascendeu a 12 mil pessoas, frente às 2 mil registradas durante os 30 anos do regime de Hosni Mubarak, segundo números oficiais.

Com os indultos deste sábado, a Junta Militar, que dirige o país desde a renúncia de Mubarak no dia 11 de fevereiro 2011, apresenta um dos primeiros gestos que vão integrar os atos comemorativos da Revolução.

Os manifestantes de Tahrir exigem há meses que o Conselho Supremo das Forças Armadas repasse o poder para uma autoridade civil e liberte os presos políticos, entre outros pontos.

EFE   
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