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África

Islamitas denunciam ataques brutais da polícia em protestos no Egito

3 ago 2013 - 05h49
(atualizado às 06h12)
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Os partidários do presidente deposto do Egito, Mohammed Mursi, denunciaram neste sábado o uso "desproporcional e desnecessário" da força pela polícia nas manifestações de ontem e convocaram novos protestos para amanhã.

Em comunicado, a Coalizão para a Defesa da Legitimidade, que inclui vários grupos islamitas, entre eles a Irmandade Muçulmana, condenou os "ataques brutais" dos efetivos do Ministério do Interior nos distúrbios ocorridos nos arredores do Cairo.

A polícia lançou gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha contra "manifestantes pacíficos e desarmados", segundo os islamitas, que estimaram em 150 os feridos nesses fatos e em dezenas os detidos.

O número contrasta com o que foi divulgado pelo Ministério da Saúde do país, que reduziu para 23 o número de feridos nos distúrbios ocorridos na chamada Cidade da Produção Cinematográfica e Midiática.

Em nota, os islamitas reiteraram seu compromisso de que os protestos continuem pacíficos e advertiram "os golpistas" de que não vão conseguir transformar o Egito em "caos e destruição".

A Coalizão para a Defesa da Legitimidade agradeceu as "muitas pessoas" que compareceram ontem nas manifestações e pediu que continuem com os protestos e os acampamentos de resistência.

Também convocaram uma nova manifestação dos "milhões" para amanhã, domingo, sob o lema: "Oração contra os opressores".

Esta aliança decidiu ontem fazer um novo acampamento na praça Al Maskan, no bairro de Heliopolis no Cairo, em um claro desafio às advertências das autoridades de desmantelar as concentrações dos islamitas.

A tensão se mantém alta no Egito, coincidindo com a visita do subsecretário de Estado dos EUA, William Burns, que chegou ontem ao Cairo para conversar com as autoridades sobre a atual situação.

Em sua segunda visita ao Egito desde o golpe militar, Burns se reunirá hoje com o ministro das Relações Exteriores egípcio, Nabil Fahmy, entre outros.

Para agravar a situação, o líder da rede terrorista Al Qaeda, Ayman al Zawahiri, pediu hoje aos islamitas egípcios que abandonem o caminho da democracia, e acusou os EUA e os cristãos do Egito de estarem por trás do golpe contra Mursi.

EFE   
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