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Mundo

França diz que seus aviões impediram comboio de Kadafi de fugir

20 out 2011 - 16h08
(atualizado às 16h51)
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O ministro da Defesa da França, Gérard Longuet, afirmou nesta quinta-feira que aviões de seu país identificaram e "pararam" o comboio militar no qual estava o ex-ditador líbio Muammar Kadafi, antes que este fosse atacado.

Conheça a história do ex-ditador líbio Muammar Kadafi:

O comboio, de "várias dezenas de veículos", segundo declarações dadas por ele à imprensa francesa, foi detido quando tentava fugir de Sirte, "mas não foi destruído pela ação francesa", destacou o titular da pasta de Defesa.

Segundo Longuet, combatentes líbios agiram depois e destruíram os veículos, "de um dos quais saiu Kadafi", cuja morte foi confirmada nesta quinta pelo Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT).

A versão divulgada pelo ministro acrescentou que um Mirage-2000 francês foi informado pelo Estado-Maior integrado às forças da Otan da necessidade de atuar para impedir que esse grupo de veículos avançasse. O disparo do avião francês dividiu essa fila de veículos e uma fração da mesma foi atacada por uma brigada do CNT, em um confronto no qual "foram destruídos veículos, houve pessoas feridas e mortas, entre as quais o coronel Kadafi".

Questionado se há certeza de que se trata do ex-ditador líbio, Longuet afirmou que a confirmação partiu do CNT, e que corresponde a esse órgão assumir essa responsabilidade.

Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.

EFE   
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