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Mundo

Otan confirma que restam pequenos focos de resistência na Líbia

18 out 2011 - 11h45
(atualizado às 12h12)
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A Otan confirmou nesta terça-feira que as forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia já controlam a maior parte das cidades de Sirte e Bani Walid, últimos focos de resistência do antigo regime, e que o fim de sua operação na Líbia está "próximo".

Segundo o porta-voz da missão, Roland Lavoie, a Aliança do Atlântico Norte considera que, apesar da "luta em pequena escala" que continua em ambas localidades, as forças de Muammar Kadafi já não representam uma ameaça generalizada para a população.

Lavoie informou em entrevista coletiva que ainda existem "pequenos focos" de resistência, mas ressaltou que os kadafistas já não têm capacidade para coordenar ações ofensivas.

Após a conquista de Bani Walid na segunda-feira, Sirte é o último bastião das forças do antigo regime, embora mantenham apenas o controle de algumas áreas da cidade.

"A situação em Sirte é de luta armada urbana limitada ao perímetro de poucos edifícios", explicou o porta-voz, insistindo que os combates acontecem em uma "área muito pequena".

A Otan, no entanto, não tem intenção de terminar sua missão de forma imediata. "O final se está aproximando", explicou a porta-voz da Otan Carmen Romero, ressaltando, no entanto, que é "prematuro" fixar um calendário, como indicou na sexta-feira passada o secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen.

Os países da Otan pactuaram que a missão chegará a seu fim quando for cumprida uma série de condições no terreno, principalmente que não haja uma ameaça para a população civil e que as novas autoridades sejam capazes de garantir a segurança.

Nesse sentido, a Aliança anunciou hoje que a Líbia começará a operar o tráfego aéreo na área de Benghazi (leste do país), com a intenção de fazer o mesmo no resto de seu espaço aéreo após a retirada da Otan.

Embora não tenha sido discutida, uma das saídas pelas quais a Otan poderia optar é a de não terminar completamente sua operação e manter, por exemplo, a vigilância marítima que realiza no Mediterrâneo, indicaram fontes aliadas.

"É cedo demais para dizer alguma coisa, é algo que os embaixadores terão que discutir com base na análise militar", frisou Carmen Romero.

EFE   
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