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FMI reconhecerá Líbia quando novo governo for amplamente aceito

25 ago 2011 - 12h50
(atualizado em 28/8/2011 às 13h10)
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que a natureza de seu compromisso com a Líbia dependerá da "vontade de um governo reconhecido internacionalmente" para este país.

"Quando existir um claro reconhecimento internacional de um novo governo na Líbia o Fundo poderá e deverá avançar para seu reconhecimento", disse o porta-voz do FMI, David Hawley.

"Acompanhamos de perto a evolução da situação na Líbia e esperamos evidentemente um rápido desenlace da guerra civil. No futuro, a natureza de nosso compromisso dependerá da vontade de um governo deste país que seja internacionalmente reconhecido", declarou Hawley durante uma entrevista coletiva em Washington.

Ele lembrou que o FMI, cujos acionistas são os 187 Estados membros, segue a opinião da comunidade internacional antes de reconhecer um governo.

"O Fundo pode e deve encaminhar-se para o reconhecimento das novas autoridades quando existir um reconhecimento internacional claro e amplo de um novo governo na Líbia".

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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