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Mundo

Unesco pede medidas para proteger patrimônio cultural líbio

25 ago 2011 - 11h41
(atualizado em 28/8/2011 às 13h11)
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A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, pediu nesta quinta-feira "medidas urgentes para proteger o patrimônio cultural líbio no período de transição" porque é "essencial que os cidadãos possam preservar sua identidade" e "construir um futuro melhor".

Bokova pediu à população líbia, aos países vizinhos e aos agentes do comércio internacional de arte e antiguidades "que façam tudo o que for possível para proteger o valioso patrimônio cultural da Líbia".

"A experiência mostra que existe um sério risco de destruição nos períodos de conflito social. E também nos ensina a estar alerta para que indivíduos sem escrúpulos não cometam saques que frequentemente danificam a integridade de objetos e sítios arqueológicos", destacou Bokova, que acrescentou que é fundamental que o mercado internacional de antiguidades mantenha atenção especial as obras vindas da Líbia nas circunstâncias atuais.

Bokova lembrou que saques, roubos e tráfego ilícito de bens culturais violam a Convenção da Unesco sobre as medidas que devem ser adotadas para proibir e impedir a importação, a exportação e a transferência de propriedade ilícita de bens culturais (1970).

A convenção é o único instrumento jurídico internacional centrado exclusivamente na luta contra o tráfego ilícito de bens culturais, afirmou.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

EFE   
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