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Rebeldes líbios lutam contra últimos bolsões de resistência

25 ago 2011 - 06h12
(atualizado em 28/8/2011 às 13h16)
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Os rebeldes líbios tentavam nesta quinta-feira assumir o controle dos últimos bolsões de resistência em Trípoli e se aproximar de Sirte, a cidade natal e reduto do coronel Muammar Kadafi, o antigo "guia" cuja captura agora tem um preço. No exterior, a era pós-Kadafi começa a ser planejada. A ONU examina a liberação dos ativos líbios para ajudar os rebeldes e a França anunciou uma conferência dos "amigos da Líbia" no dia 1º de setembro em Paris.

Quatro jornalistas italianos foram sequestrados em uma viagem entre Zawiyah e Trípoli. Um grupo de combatentes leais a Kadafi matou o motorista do grupo. Ao mesmo tempo, os mais de 30 jornalistas retidos desde sábado no hotel Rixos, perto do quartel-general de Kadhafi, foram liberados com a ajuda da Cruz Vermelha. Na quarta-feira à noite os rebeldes controlavam o Rixos, sem violência.

Durante a quarta-feira, os combates prosseguiram em Bab al-Aziziya, nos arredores do complexo residencial do ditador, e no bairro vizinho de Abu Slim, reduto das tropas leais ao regime. Os rebeldes pareciam controlar o centro da capital, incluindo a Praça dos Mártires, antiga Praça Verde, símbolo do regime. Mas durante o dia, as ruas permaneceram quase desertas em consequência da presença de francoatiradores.

Para os rebeldes combatentes em Trípoli, outra prioridade é assegurar o controle que leva ao aeroporto, onde enfrentavam grande resistência.

O paradeiro de Kadhafi continua um mistério e os rebeldes anunciaram uma recompensa de 1,7 milhão de dólares (dois milhões de dinares líbios) a quem encontrá-lo, vivo ou morto.

Os rebeldes também ofereceram anistia a qualquer pessoa ligada ao regime que capturar ou matar o ditador.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

info infográfico líbia família kadafi (todos)
info infográfico líbia família kadafi (todos)
Foto: AFP
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