Membros da UE pedem que Kadafi renuncie imediatamente
23 ago2011 - 11h56
(atualizado às 13h27)
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Os países membros da União Europeia exigem que o líder líbio renuncie imediatamente e encerre os confrontos no país africano, afirmou nesta terça-feira a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em entrevista coletiva na sede da entidade em Bruxelas.
A chefe da diplomacia europeia afirmou que 80% de Trípoli está sob controle dos insurgentes, segundo lhe informou o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio.
Em entrevista coletiva, Ashton explicou que o presidente do CNT, Mustafa Abdel Jalil, com quem conversou, disse que deve levar mais algum tempo para que os rebeldes controlem totalmente a capital da Líbia.
Asthon abordou com Jalil a maneira como a UE poderá ajudar o CNT e deixou claro que os membros do bloco querem desempenhar um papel ativo, embora tenha ressaltado que a liderança deve ficar a cargo das Nações Unidas. "O importante é conseguir um enfoque coordenado e coerente", ressaltou.
A alta representante assinalou quais as áreas de apoio que a UE considera prioritárias incluem a assistência médica, a ajuda econômica, o apoio ao Governo transitório e a contribuição à democracia.
A máxima responsável da diplomacia europeia evitou pronunciar-se sobre a queda definitiva do regime do coronel Muammar Kadafi. "Não sou de dar datas, mas tenho claro que o regime ainda não terminou", disse.
Por outro lado, destacou a importância do papel da Otan no terreno e a necessidade de a UE colaborar com o organismo para "evitar duplicar o trabalho" na hora de ajudar a população.
Ashton afirmou que nas últimas horas falou ainda com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e com o enviado especial do secretário-geral da ONU à Líbia, o ex-ministro das Relações Exteriores jordaniano, Abdelilah al Khatib.
Homens caminham pela rua Trípoli, no centro de Misrata, ao lado de pedaços de um tanque destroçado. Até algumas semanas atrás, a rua foi o principal local dos combates entre rebeldes e forças leais a Muammar Kadafi. Agora, moradores vagam pela rua Trípoli, que ficou coberta pela destruição provocada pelos conflitos
Foto: AP
Família passeia em meio a destroços na Rua Trípoli, em Misrata, cerne dos combates entre os rebeldes líbios e as forças de Muammar Kadafi.
Foto: AP
Após duros combates, o centro de Misrata se tornou um local de peregrinação da população local
Foto: AP
Menina segura a bandeira monárquica líbia e posa para foto ao lado de tanque militar abandonado em Misrata
Foto: AP
Carrinho de bebê e sacos são usados para formar barricada na Rua Trípoli
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Bota é abandonada na Rua Trípoli, cenário da luta entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde líbia
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Boneco provavelmente usado para representar o enforcamento de uma pessoa permanece pendurado nos cabos de Misrata
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Homem dá água para planta em uma praça da Rua Trípoli, no centro de Misrata
Foto: AP
Asfalto carrega marcas dos tiros da batalha entre Kadafi e os rebeldes líbios
Foto: AP
Carros, cimentos e entulhos formam barricada; a foto foi tirada do posto onde soldados leais a Kadafi se escondiam para realizar disparos
Foto: AP
Homem posa para foto no meio dos destroços de Misrata
Foto: AP
Pai e filhas passam por soldado da resistência rebelde durante passeio ao centro de Misrata
Foto: AP
Foto mostra local onde atiradores leais a Kadafi se escondiam; o local foi destruído durante a luta com os rebeldes
Foto: AP
Homens observam pôster com retratos de pessoas mortas na resistência a Kadafi em Misrata
Foto: AP
Homem visita mercado onde as forças de Kadafi escondiam tanques de guerra
Foto: AP
No centro de Misrata, museu é improvisado com ícones da guerra contra Kadafi
Foto: AP
Artilharia pesada deixa marcas nas paredes de Misrata
Foto: AP
Vista aérea mostra o centro devastado de Misrata; o local se transformou em centro de peregrinação dos opositores a Kadafi