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Mundo

Filho de Kadafi afirma que regime não abandonará a luta

21 ago 2011 - 02h05
(atualizado às 02h27)
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Seif al-Islam Kadhafi, um dos filhos do líder líbio Muammar Kadafi, afirmou que o regime de Trípoli "não abandonará a batalha", pedindo que a rebelião dialogue, em um discurso divulgado no início deste domingo pela televisão oficial. "Estamos em nossa terra e em nosso país. Resistiremos por seis meses, um ano, dois anos,... E venceremos", declarou Seif al-Islam diante de dezenas de jovens em um discurso pronunciado, segundo ele, no sábado.

"Não nos submeteremos, não abandonaremos a batalha. Essa não é uma decisão de Seif al-Islam ou de Kadafi, é a decisão do povo líbio", prosseguiu, acrescentando que "sua família pagou o preço, como todos os líbios".

Ele, no entanto, convocou a rebelião para um diálogo: "se vocês querem a paz, estamos prontos", afirmou, lembrando ter supervisionado a elaboração de um projeto de Constituição.

Várias explosões e intensas trocas de tiros foram ouvidas na noite de sábado para domingo em Trípoli, onde moradores indicaram à AFP que os "enfrentamentos" estavam sendo travados em alguns bairros da capital nos quais os rebeldes avançam.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

Tanques atingiram diversas construções, entre elas um hospital
Tanques atingiram diversas construções, entre elas um hospital
Foto: AP
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