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Europa

Imigrantes afogados no mar da Sicília eram egípcios

11 ago 2013 - 14h16
(atualizado às 15h19)
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Os seis imigrantes que se afogaram no sábado perto de Catânia, na ilha italiana da Sicília, eram egípcios e suspeita-se que tenham sido transferidos de uma embarcação maior a um barco de pesca para não serem avistados ao se aproximar da costa, indicaram os investigadores neste domingo.

As seis vítimas, de origem egípcia, tinham entre 17 e 27 anos. O único menor de idade do grupo completaria 18 anos no dia 25 de agosto, segundo os investigadores citados por meios de comunicação.

O procurador da Catânia, Giovanni Salvi, que abriu uma investigação por incitação à imigração clandestina e homicídio múltiplo, explicou que para chegarem sem ser percebidos em frente a uma cidade como a Catânia os imigrantes "foram, sem dúvida, transportados durante a noite de um barco maior, caso contrário teriam sido avistados muito antes", declarou ao jornal católico L'Avvenire.

Segundo ele, isto implica a existência de uma "rede organizada (...) para chegar à costa sem ser detidos em Lampedusa (ilha situada mais ao sul em frente à costa norte-africana) e para conseguir escapar ao sistema de vigilância" da costa. Salvi considerou possível a existência de conexões entre criminosos locais, inclusive a máfia siciliana.

A embarcação, um barco pesqueiro de 18 metros de comprimento, encalhou em um banco de areia a 15 metros da costa. A maioria dos imigrantes se lançou na água ao avistar o litoral.

Os investigadores pensam que a embarcação transportava uma centena de pessoas, embora oficialmente 94 tenham sido resgatadas. Três teriam conseguido fugir se lançando no mar.

A procuradoria anunciou a detenção de dois jovens egípcios de 16 e 17 anos, que teriam a função de distribuir os alimentos no barco pesqueiro.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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