Hollande e Merkel pedem reunião urgente da UE diante da crise no Egito
O presidente da França, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram nesta sexta-feira o fim imediato da violência no Egito e expressaram seu desejo de realizar uma reunião "urgente" em nível europeu para estabelecer uma postura comum diante dessa crise.
Os dois líderes conversaram por telefone, segundo comunicado da Presidência francesa, sobre a intenção de que os ministros das Relações Exteriores da UE possam se reunir "rapidamente, na próxima semana" para abordar a cooperação entre a UE e o Egito e elaborar respostas comuns.
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O telefonema precedeu outra conversa que Hollande manterá por volta das 18h30 (13h30 de Brasília) com o primeiro-ministro do Reino Unido sobre o mesmo tema.
Durante a mesma conversa, segundo nota divulgada pela sede da Presidência francesa, o chefe de Estado e a chancheler sublinharam que o Egito deve recuperar "o mais rápido possível o curso de sua vida democrática".
O Egito se encontra devastado pela violência desde quarta-feira, data na qual a polícia desmantelou dois acampamentos mantidos pelos seguidores do deposto presidente egípcio Mohammed Mursi.
Neste dia, segundo o último balanço das autoridades egípcias, mais de 600 pessoas morreram e 4,2 mil ficaram feridas, enquanto nos novos choques entre partidários e opositores de Mursi registrados hoje pelo menos quatro pessoas morreram e outras 22 ficaram feridas.
Hollande, da mesma forma que os Governos da Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha, convocou ontem o embaixador egípcio no país para transmitir sua "grande preocupação" perante a situação, e sua condenação à violência.
