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África

Guiné: violência em Conacri deixa 12 mortos e 89 feridos desde quinta

27 mai 2013 - 19h55
(atualizado às 20h42)
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Pelo menos 12 pessoas foram mortas e outras 89 ficaram feridas desde a última quinta-feira, em Conacri, informou o porta-voz do governo da Guiné, nesta segunda-feira. Os confrontos estão ligados à contestação, por parte da oposição, da realização das eleições legislativas em 30 de junho.

"Segundo fontes hospitalares e de segurança", há "12 mortos confirmados, sendo sete a bala (de origem desconhecida), 26 internações, mais 63 feridos por pedradas e armas brancas, destruição de bens públicos e privados", declarou o porta-voz Damatang Albert Camara, em um comunicado. Segundo o balanço da AFP, porém, com base em fontes médicas e em familiares das vítimas, 17 pessoas morreram até o momento.

O porta-voz do governo afirmou que a maioria desses episódios violentos "quase cotidianos", desde quinta-feira, tem acontecido nos bairros considerados redutos da oposição, entre eles Cosa e Bambeto. "Os ataques ultrapassaram excessivamente o âmbito de reivindicações políticas", criticou.

"Uma investigação específica", destinada a "esclarecer os acontecimentos, sem paixão, sem pressão e sem posição tomada, levando-se em consideração todas as medidas úteis para acelerar a instrução dos relatórios", será aberta, acrescentou. "O governo denuncia a exploração, pelos partidos políticos, das diferenças regionais e étnicas em detrimento da coesão nacional e das veleidades das milícias de autodefesa", afirmou Camara.

Em seu comunicado, "o governo lembra ao povo guineense e aos atores da vida política, em particular, que a violência como meio de conquista do poder é humanamente intolerável, culturalmente inadmissível e contrário à Constituição". Ainda de acordo com a nota, "nenhum ato de violência, nenhuma violação das leis, quaisquer que sejam os autores, motivos e pretextos, será tolerado".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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